Colombianos cortam despesas para poder comprar itens de primeira necessidade

O aumento do preço de vários produtos levou as famílias a cortar orçamentos para poderem comer

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Fotografía fechada el 13 de
Fotografía fechada el 13 de junio de 2020, que muestra a los artistas Alexandra Suárez (c) y Cristian Ceballos (i) mientras reparten comida, en una calle de Bogotá (Colombia). EFE/ Carlos Ortega

Em 11 de abril, a empresa Raddar, dedicada à análise do consumo, revelou que os colombianos fizeram sacrifícios na cesta familiar para poder comprar bens essenciais, como alimentos, afetados pela inflação.

O relatório, revelado pela RCN Radio, diz que 75% das famílias acreditam ter conseguido comprar menos coisas em março deste ano.

Isso significa que as famílias continuam a reduzir a quantidade de dinheiro para compras, devido ao alto custo dos produtos que compram diariamente.

“Os preços influenciaram fortemente as mudanças, pois as famílias tiveram que sacrificar os gastos com outras cestas para adquirir necessidades básicas, especialmente alimentos, que tinham inflação alta e ocupavam 30% do bolso total das famílias”, explicou Raddar.

Metade das cestas mostra variações anuais positivas, apesar do alto aumento nos preços. A cesta com maior crescimento nos gastos trimestrais é o Meals Away from Home e o segundo é o entretenimento, que no primeiro trimestre de 2022 foi impulsionado por um grande número de shows, festivais e outros eventos divertidos que não puderam ser realizados no ano passado devido a restrições de biossegurança.

O texto diz que durante os primeiros três meses de 2022, as famílias colombianas gastaram 219 bilhões de pesos, valor superior ao registrado em 2021, um crescimento trimestral das despesas de 12%.

Tendo em conta a inflação nos primeiros três meses do ano, que foi de 8%, o crescimento real da despesa foi de 4%.

Por outro lado, o valor das transações com cartão de crédito cresceu 40,9 por cento em março, de acordo com o relatório de Raddar. Isso significa um crescimento de 13% em relação aos números de fevereiro.

Sobre as motivações para os gastos das famílias até agora este ano, o documento revelou que se concentrava na necessidade de produtos, gosto por eles e qualidade.

“Outra categoria que, sem dúvida, reflete o impacto da inflação nos bolsos das famílias é o preço como motivador para a compra, que durante 2022 foi posicionado como um fator de ponderação na escolha da compra e nos canais pelos quais ela é feita, especialmente em algumas cestas”, afirmou o relatório.

Finalmente, o aumento dos preços de bens e serviços em todo o país em março, apesar de ter desacelerado, sendo 0,52 por cento maior do que no mês anterior, talvez tenha um impacto muito mais agudo na percepção do cenário econômico visto pelas famílias colombianas.

Assim, durante o terceiro mês do ano, a variável “custo de vida” como principal problema expresso pelos entrevistados no país reflete uma escalada que se distancia significativamente acima do aumento da inflação. Isso se entende se levarmos em conta que as categorias que marcaram a inflação durante este mês são aquelas que fazem parte das despesas domésticas fixas, como alimentos, serviços públicos, alguns combustíveis e utensílios domésticos.

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