A Procuradoria-Geral da República alertou na terça-feira sobre o possível incumprimento do Programa de Alimentação Escolar (PAE) da Instituição Educacional Nuestra Señora del Carmen, em Cartagena, por isso solicitou que a Prefeitura da capital de Bolívar e o Ministério da Educação fossem informados do razões.
O Ministério Público iniciou uma ação preventiva após uma denúncia ter sido ouvida pelo reitor da escola distrital Miguel Pérez Márquez, na qual incluiu a demanda de vários pais, que afirmaram que durante 2022 os alimentos distribuídos aos beneficiários deste programa, que visa garantir uma contribuição nutricional equilibrada para estudantes de instituições oficiais, não cumpriu as disposições do contrato.
“O gabinete do prefeito e o Ministério da Educação foram convidados a explicar por que a quantidade de alimentos foi reduzida, uma vez que, conforme relatado pela mídia, a administração do distrito de Cartagena repetidamente não cumpriu as especificações definidas quanto ao valor de cada ração fornecida aos alunos neste sede”, disse o órgão de fiscalização.
Da mesma forma, pediu para confirmar se uma reclamação foi apresentada contra o operador do PAE na Bolsa de Valores Mercantil da Colômbia, que é a entidade que fornece esse serviço e, se for feito, envie uma cópia dos documentos que sustentam essa ação, o que daria conta das repetidas reclamações feita pelos pais da família pelo não cumprimento deste programa, que tem mostrado sérios problemas em todo o país.
Finalmente, o Ministério Público Provincial Provincial de Cartagena destacou que esta medida não implica “co-administração ou interferência nas decisões legais, técnicas ou financeiras” estabelecidas por entidades estatais ou indivíduos que exercem funções públicas.
Por sua vez, o jornal local El Universal soube que, em meados de março, várias escolas de Cartagena decidiram não receber os alimentos distribuídos pelo PAE, argumentando que estava incompleto e composto por “uma banana e um pão”, um caso que foi replicado em vários departamentos do país em que o programa tem mostrado grandes deficiências que recaem sobre os estudantes beneficiários
“O problema do PAE não está apenas em Cartagena, mas em nível nacional. O motivo é porque a missão de fornecer valor nutricional aos alunos para que eles possam crescer de acordo com a idade não está sendo cumprida. Que esse crescimento também seja pessoal e acadêmico”, disse o reitor da Instituição Educacional Nuestra Señora del Carmen, em Cartagena, à mídia local.
Essas queixas vêm dias depois de um grupo de estudantes em Pasto relatar que receberam sacos de leite PAE com larvas.
Continuam os relatórios em todo o país sobre os alimentos de qualidade questionável que alguns provedores do Programa de Alimentação Escolar (PAE) estariam entregando às crianças na Colômbia. Nesta ocasião, a chamada vem de uma escola oficial em Pasto, capital do departamento de Nariño, que recebeu um lote de sacos de leite com larvas.
Esta é a Instituição Educacional Municipal Ciudad de Pasto, que naquele local também é conhecida como CCP. De acordo com a comunidade estudantil, durante este ano eles receberam dietas descompensadas - apenas bebidas e biscoitos, que são carboidratos - e produtos com datas de validade vencidas.
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