Pai de Luis Andrés Colmenares defende General Zapateiro e lembra Ernesto Samper do 'Processo 8000'

Luis Colmenares, candidato ao Senado que foi 'queimado' nas últimas eleições legislativas, tratou o ex-presidente como cínico e saiu a defesa do comandante do Exército Nacional

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As reações continuam após as polêmicas declarações do general Eduardo Zapateiro às declarações do comandante do Exército contra o candidato presidencial, Gustavo Petro, rompendo assim a neutralidade que as Forças Armadas do país devem manter, e ainda mais durante as eleições.

Recentemente, quem falou diante das duras críticas do comandante do exército ao candidato à presidência do Pacto Histórico foi, precisamente, um ex-mandarim, e também o fez com tanta dureza que essa reação não passou despercebida, principalmente em setores que se opuseram a ele.

No domingo, Ernesto Samper postou uma mensagem em sua conta no Twitter para a polêmica dirigida por Zapateiro, indicando que ele “violou, de forma obscena”, o viés das Forças Militares e Policiais em questões políticas.

“A condição não deliberativa e civilista das forças de segurança tinha sido até hoje, quando o general Zapateiro a violou de forma obscena, um dos pilares que tornaram nossas instituições democráticas respeitáveis para o mundo”, escreveu o presidente da Colômbia de 1994 a 1998. Como esperado, ele recebeu respostas de muitos setores políticos, mas houve um que chamou a atenção e foi o de Luis Colmenares, pai de Luis Andrés.

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Citando o trino do ex-presidente Samper, Colmenares defendeu o general Zapateiro e, aliás, foi a julgamento contra o ex-secretário-geral da UNASUL, chamando-o mesmo de “cínico”. Ele também o lembrou indiretamente do 'Processo 8000' em que sua presidência foi comprometida.

“E o que esse cínico afirma? Ele não tem o direito de dizer nada desde que vendeu sua eleição para o tráfico de drogas. Se eu tivesse vergonha, ninguém sabia que existia!” disse o candidato ao Senado para a Mudança Radical que foi “queimado” nas últimas eleições legislativas.

Infobae

Nesta segunda-feira, 25 de abril, a Procuradoria-Geral da República abrirá uma investigação para Zapateiro

Por suposta participação na política, o comandante do Exército Nacional será investigado pela entidade. Nesta segunda-feira, você receberá uma notificação especificando o trabalho investigativo após sua discussão com o candidato Gustavo Petro. Este não é o único momento em que o alto comando militar está envolvido em ações legais.

Vale lembrar que Zapateiro Altamiranda havia sido denunciado ao Ministério Público desde sexta-feira, 22 de abril. O senador e militante do Pacto Histórico, Roy Barreras, foi quem enviou uma denúncia formal ao cão de guarda na qual, além de investigar o homem uniformizado, pediu para ser suspenso do cargo.

“Apresentei queixa disciplinar contra o general Zapateiro por uma conduta imprópria muito grave junto à Procuradoria Geral da Nação. Peço a suspensão imediata deles por causa de sua flagrante beligerância política. É um risco para a democracia que ela interfira nas eleições carregando os braços da República”, disse o ex-negociador do Acordo de Paz de 2016.

Este episódio começou na noite de 19 de abril, quando uma unidade da Quarta Brigada do Exército foi atacada por membros do Clã do Golfo. No evento, sete soldados foram mortos e quatro teriam desaparecido. Diante desse fato, Petro postou em sua conta no Twitter que “Enquanto soldados estão sendo mortos pelo Clã do Golfo, alguns dos generais estão na folha de pagamento do clã. O topo é corrompido quando são os políticos do narcotráfico que acabam promovendo os generais”, gerando assim a resposta do general.

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