Membros da Comissão de Direitos Humanos da ONU chegaram à China para planejar a visita de Michelle Bachelet

O Alto Comissário visitará o país em maio, em uma viagem que incluiria a região de Xinjiang. O regime de Xi Jinping é acusado de realizar o genocídio dos uigures naquela área. Pequim alertou que se opõe ao uso da visita “para manipulação política”

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Imagen de archivo de unos trabajadores caminando por el perímetro de lo que es conocido oficialmente como un centro de educación vocacional, que se está construyendo en Dabancheng, en la Región Autónoma Uigur de Xinjiang, China. 4 septiembre 2018. REUTERS/Thomas Peter
Imagen de archivo de unos trabajadores caminando por el perímetro de lo que es conocido oficialmente como un centro de educación vocacional, que se está construyendo en Dabancheng, en la Región Autónoma Uigur de Xinjiang, China. 4 septiembre 2018. REUTERS/Thomas Peter

Uma equipe do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos chegou à China na segunda-feira para preparar a visita em maio próximo da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos Michelle Bachelet, disse hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

O objetivo da visita é “promover intercâmbios e cooperação”, disse Wang, acrescentando que a China “se opõe ao uso desta visita para manipulação política”.

Em março, Bachelet anunciou um acordo com o regime de Xi Jinping para visitar o país asiático, uma viagem que incluiria a região de Xinjiang (noroeste), onde centenas de milhares de muçulmanos uigures estão detidos em campos de internamento desde 2017.

“Meu escritório e o Governo da China começaram um trabalho concreto para a visita, que deve ocorrer em maio próximo”, ressaltou Bachelet em seguida, em seu discurso ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Grupos de direitos humanos e numerosos governos condenaram as práticas da China contra uigures e outras minorias muçulmanas em Xinjiang, onde, nos últimos cinco anos, acredita-se que centenas de milhares de pessoas possam ter sido mantidas no que Pequim chama de “centros de treinamento vocacional”.

O regime de Xi Jinping defende suas ações como parte de um plano de melhoria socioeconômica em Xinjiang, região atingida na última década por vários ataques terroristas jihadistas.

Bachelet também se referiu em março à situação de alguns ativistas de direitos humanos no país asiático: “Alguns deles sofreram restrições em seus movimentos, por exemplo, por meio de prisão domiciliar e, em alguns casos, receberam sentenças de prisão”, denunciou o ex-presidente chileno.

Um relatório recente da Anistia Internacional afirmou que a situação dos direitos humanos em toda a China “continuou a se deteriorar”.

(Com informações da EFE)

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