10.000 pessoas são presas por abusar sexualmente de menores no Perú

O crime de estupro contra menores é o segundo mais comum na população carcerária do país.

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O crime de estupro de menores é o segundo mais comum entre a população carcerária do Perú, de acordo com as últimas informações fornecidas pelo Instituto Nacional da Penitenciária Peruana (INPE). Há 10 mil 104 pessoas na prisão por esse crime nas prisões do país.

De acordo com informações, em janeiro de 2022, haveria um total de 87.131 presos nas prisões do país. Destes, o crime mais comum é o roubo agravado (22.144, 25% da população carcerária). É seguido pelo crime de violência sexual contra menores, seguido pelo crime de tráfico ilícito de drogas (6.549 presos, 7,5% do total).

Dos presos por abusar de menores, 70% são condenados: 7.199 presos. Os outros 30% seriam processados: 3 mil 3 presos.

789 deles foram lançados entre janeiro e março de 2022. | VÍDEO: Fourth Power

No entanto, 789 altas de prisão também foram registradas, entre janeiro e março deste ano, esses criminosos. Apenas 31,8% teriam cumprido a pena.

- 155 pessoas foram absolvidas do crime.

- 122 foram libertados da prisão com aparência restrita.

- 63 morreram na prisão.

- 32 obtiveram a anulação da sentença.

- 23 estão em semi-liberdade.

De acordo com suas estatísticas, mais de 21.000 menores foram vítimas de estupro nos últimos quatro anos, ou seja, entre 15 e 16 menores são abusados diariamente no Perú.

Isso foi lembrado pelo Sistema das Nações Unidas no Perú, que através de uma declaração onde “eles se arrependeram e condenou os casos de abuso sexual cometidos contra crianças e adolescentes, cujas consequências devastadoras são duradouras para toda a vida. (...) Somos solidários com as vítimas e suas famílias em suas demandas por justiça”, disseram.

“No Perú, todos os dias 16 meninas e adolescentes são vítimas de abuso sexual. Entre 2020 e 2021, os casos de maternidade adolescente entre crianças menores de 15 anos aumentaram de 1.158 para 1.438. Acreditamos que essa situação preocupante requer uma resposta abrangente, lê-se na carta.

Diante desse problema, o governo levantou castração química para estupradores juvenis.

“Hoje o Conselho de Ministros aprovou o projeto de lei que implementa tratamento médico especializado para a inibição da libido para estupradores juvenis. Muitos dizem que a castração química é um nome que não corresponde. Este projeto foi aprovado e amanhã está sendo submetido ao Congresso para análise, discussão e, se considerarem apropriado, aprovado”, disse Félix Chero, ministro da Justiça.

Ministro da Justiça confirma projeto de lei de castração química. VÍDEO: TV Perú

Em relação ao custo que este projeto implicará, Chero destacou que ele será calculado de acordo com a taxa de condenações por violação da liberdade sexual, “estimamos que, em média, dependendo da dose recomendada por Minsa, será mais de 2 milhões de soles”.

Sobre se vamos nos desassociar do Pacto de San José, ele disse que não é o caso porque o desengajamento só seria possível se estivéssemos postulando a pena de morte. Nesse caso, teríamos que entrar em um processo de um ano para o desengajamento.

“Neste caso, é uma emenda ao Código Penal que é acompanhada pelo bônus ao artigo 368 do Código Penal, onde qualquer pessoa que não cumprir esta medida após a condenação incorrerá no crime de desobediência e resistência à autoridade. Assim, a relevância da técnica legislativa está de acordo com a lei”, disse.

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