Por supostamente participar da política, a Procuradoria-Geral da República abriria um inquérito preliminar contra o general Eduardo Enrique Zapateiro, comandante do Exército Nacional. Fontes anônimas dizem que o órgão de controle notificará o oficial uniformizado do início do processo em 25 de abril. No entanto, ainda não há uma declaração oficial sobre isso.
Ressalte-se que o general Zapateiro já havia sido denunciado ao Ministério Público desde sexta-feira, 22 de abril. O senador e militante do Pacto Histórico, Roy Barreras, foi quem enviou uma denúncia formal ao cão de guarda na qual, além de investigar o homem uniformizado, pediu para ser suspenso do cargo.
“Apresentei queixa disciplinar contra o general Zapateiro por uma conduta imprópria muito grave junto à Procuradoria Geral da Nação. Peço a suspensão imediata deles por causa de sua flagrante beligerância política. É um risco para a democracia que ela interfira nas eleições carregando as armas da República”, disse Barreras.
Deve-se lembrar que este episódio começou na noite de 19 de abril, quando uma unidade da Quarta Brigada do Exército foi atacada por membros do Clã do Golfo. No evento, sete soldados foram mortos e quatro teriam desaparecido.
Quando a notícia foi divulgada, diferentes personagens reagiram ao evento, incluindo o candidato presidencial ao Pacto Histórico, Gustavo Petro, que, além de rejeitar o ataque, criticou os altos comandantes das forças públicas. Segundo ele, é lamentável que as mortes de alguns soldados ocorram enquanto alguns têm vínculos com o grupo criminoso.
“Enquanto os soldados são mortos pelo Clã do Golfo, alguns dos generais estão na folha de pagamento do clã. O topo está corrompido quando são os políticos do narcotráfico que acabam promovendo os generais”, disse Petro.
Quando viu o tuíte, o general Zapateiro respondeu a ele para exigir respeito do político. No entanto, além de fazer isso, ele mencionou vários escândalos nos quais Petro esteve envolvido.
“Lembro que, como senador, você faz parte do coletivo que ousa chamar de “políticos do tráfico de drogas”. Como cidadão, recomendo não generalizar. Respeito em primeiro lugar. Não vi nenhum general na televisão recebendo dinheiro ruim. Os colombianos viram você receber dinheiro em um saco de lixo”, escreveu Zapateiro.
Essa declaração é vista como participação na política, uma ação proibida para funcionários uniformizados e funcionários públicos no país. Esta disposição está consagrada no artigo 127 da Constituição Política do país.
Da mesma forma, o artigo 219 afirma o mesmo:
Deve-se notar que essa suposta violação não foi relatada apenas por militantes e/ou apoiadores do Pacto Histórico, mas também por importantes organizações sociais e advogados do país. Entre os que denunciaram o general Zapateiro está o advogado e pesquisador Rodrigo Uprimny.
“Este fio de comandante do exército criticando um candidato presidencial viola o artigo 127 da Constituição que proíbe servidores públicos de intervir na política eleitoral e, sendo militares, também viola o artigo 219 que afirma que as forças de segurança não são deliberativas. Muito sério”, disse Uprimny.
Uma investigação formal está sendo realizada contra o homem uniformizado, a fim de determinar se ele cometeu ou não uma falha.
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