Após os recentes eventos que surgiram no país pelas decisões de Pedro Castillo, muitos peruanos concordam que as eleições presidenciais e congressionais devem ser antecipadas. O anúncio foi feito pelo Instituto de Estudos Peruanos (EIP) em um relatório para La República, onde 68% dos cidadãos querem um avanço nas eleições gerais. Isso é cerca de dois terços dos cidadãos que compartilham essa posição.
O estudo consultou a população de segunda-feira, 18 de abril a quinta-feira, 21 de abril, e tem margens de erro de 2,8 pontos acima e abaixo de cada resultado de representação nacional. Vale ressaltar que essa corrente é mais difundida na região metropolitana de Lima.
Considerando outras opções também, 61% dos entrevistados acreditam que é mais conveniente para o país realizar eleições gerais e eleger um novo presidente e outros congressistas, 27% que Pedro Castillo permaneça chefe de Estado até 2026, apenas 4% para o atual presidente deixar o governo e Dina Boluarte toma posse, e apenas 3% que há eleições presidenciais e os mesmos parlamentares permanecem.
Esses dados significam que, mesmo avaliando diferentes soluções possíveis para a atual crise política, pouco menos de dois terços da população opta por “todos saiam”, o presidente e os congressistas.
Por outro lado, esta pesquisa revelou que aproximadamente 67% dos peruanos desaprovam a forma como Pedro Castillo está conduzindo seu governo, o que representa cerca de dois terços do país.
Então, 65% acreditam que Castillo Terrones não vai acabar com seu governo, ou seja, cerca de dois terços da população. Apenas 25% dos cidadãos estimam que durarão todos os 5 anos como chefes de estado.
Entre os que acreditam que o atual presidente não terminará seu mandato de cinco anos, 63% argumentam que muito tem a ver com sua incapacidade de liderar o Perú e sua falta de governança. Por outro lado, 30% acham que o motivo será que não o deixam liderar o Executivo.
73% dos cidadãos — quase três quartos do país — consideram que a situação política peruana está pior do que era há 12 meses. Essa percepção negativa cresceu: em outubro passado, quase metade dos compatriotas se sentiu assim.
PEDRO CASTILLO GERA POLÊMICA APÓS APRESENTAR
Na sexta-feira passada, o presidente Pedro Castillo apresentou um projeto de lei para que os cidadãos sejam consultados durante as eleições municipais se concordaria ou não com a mudança na Constituição Política do Perú.
A chamada Assembleia Constituinte gerou grandes polêmicas entre os políticos do Estado, nas quais muitos discordam e outros a favor do presidente.
Sabia-se também que o Conselho de Ministros desconhecia que o Presidente da República, Pedro Castillo, daria a conhecer essa iniciativa. Em conversa com Exitosa, o chefe do Ministério da Saúde (Minsa), Jorge López, evitou responder se o assunto foi tratado numa sessão do Conselho de Ministros e disse que foi “ontem quando o presidente falou”.
“Tivemos avaliações, mas não tínhamos nada de concreto. A única coisa que temos de ver é que, se a qualquer momento tiver de ser convocado um referendo, é a população que tem de decidir”, disse o ministro da Saúde.
Até agora, as bancadas Fuerza Popular, Avanza País e Renovación Popular se opuseram a esta proposta apresentada pelo presidente.
Além disso, este grupo seria acompanhado pela Aliança para o Progresso, já que há alguns dias, César Acuña disse que um referendo como o anunciado por Castillo Terrones “paralisa o investimento, gera confusão e não é uma prioridade nem desejável”.
“O Perú não precisa de polarização, mas de consenso e de um novo gabinete para sair da grave crise política, econômica e institucional que estamos sofrendo”, tuitou Acuña Peralta.
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