Tudo é expectativa e emoção antes do novo evento da Copa do Mundo do Catar 2022, que para muitos protagonistas pode ser o último de sua carreira como futebolistas profissionais. Integrar a lista de jogadores convocados para jogar uma Copa do Mundo é algo que poucos conseguem alcançar e, dentro dessa honra de usar cores nacionais, apenas um punhado poderia fazê-lo consecutivamente por mais de três edições.
Depois de ter se classificado para este novo evento com Argentina, Portugal e México, respectivamente, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Guillermo Ochoa se juntarão ao seleto grupo de jogadores com mais Copas do Mundo disputadas na história, onde já existem glórias do esporte como Lothar Matthaus ( Alemanha), Antonio Carvajal (México), Rafael Márquez (México) e o ainda ativo goleiro Gianluigi Buffon (Itália), todos com cinco atuações.
Na preparação para a Copa do Mundo de 2022 do Catar, a Infobae decidiu fazer um tour físico pelas estrelas ao longo do tempo: desde sua estreia no torneio mais importante do mundo, até o que poderia ser o último.
A Copa do Mundo de 2006 na Alemanha marcou o início da história de Lionel Messi na Copa do Mundo. Longe de ser a referência absoluta que é hoje, com 19 anos e o número 19 nas costas, o Pulga não fez parte da equipa titular que Pekerman apresentou na estreia contra a Costa do Marfim. Durante o evento da Copa do Mundo, em que Albiceleste jogou cinco jogos até ser eliminado contra os anfitriões nas quartas de final, o rosarino jogou três jogos e marcou um gol (contra a Sérvia no segundo encontro).
Na África do Sul 2010, e com Diego Maradona no comando, a estrela argentina já estava desempenhando um papel mais proeminente na equipe. Ele estava no onze inicial em cada apresentação até a eliminação novamente nas quartas de final contra a Alemanha e foi lá, já com o número 10 nas costas, que ele usou a fita do capitão pela primeira vez. Nessa edição Javier Mascherano era o portador da banda, mas quando ele não jogou o terceiro duelo da fase de grupos, a responsabilidade recaiu sobre um Leo de 22 anos.
Nenhum argentino será capaz de esquecer a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Com a ajuda de Alejandro Sabella e já estabelecido como referência, Messi levou a seleção nacional à sua primeira final após 24 anos. Nessa edição, ele jogou todas as sete partidas, marcou quatro gols e ganhou o prêmio de Melhor Jogador do torneio. O detalhe da cor era que a Alemanha se tornou novamente seu carrasco.
Finalmente, em 2018, aos 31 anos, Leo novamente enrolou a fita do capitão em volta do braço em uma equipe liderada por Jorge Sampaoli. Na Rússia, ele jogou quatro jogos até ser eliminado nos oitavos-de-final com a França e marcou um gol contra a Nigéria na terceira rodada da fase de grupos. Até agora, Messi tem 19 partidas da Copa do Mundo e seis gritos.
Assim como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo começou sua carreira no campeonato mundial na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Com 21 anos e o número 17 nas costas, o craque português chegou às semifinais da Copa do Mundo e começou seis dos sete jogos que disputou até a derrota contra a França. Embora ele tenha jogado na partida pelo terceiro lugar com a Alemanha (eles perderam por 3-1), ele não participou da partida pelo México até a última data da fase de grupos. Lá ele também marcou seu primeiro gol em uma Copa do Mundo, foi contra o Irã pela segunda data da primeira fase.
Para a África do Sul 2010, já com o número 7 que o caracteriza e a fita do capitão em sua posse, o português marcou seu segundo gol em uma prova da Copa do Mundo naquela que foi a única vitória da equipe por 7 a 0 sobre a Coreia do Norte. Nessa edição, a equipe de Carlos Queiroz empatou os outros dois jogos da primeira fase a zero e caiu nos oitavos-de-final frente à Espanha.
A Copa do Mundo de 2014 no Brasil seria a mais esquecível de sua carreira depois de ser eliminada na fase de grupos após perder para a Alemanha na estreia (4-0), empatar com os Estados Unidos (2-2) e vencer Gana na data final (2-1 com seu gol). Ao contrário do que aconteceu em solo sul-americano, na Rússia 2018, aos 33 anos, ele iria estrelar seu melhor desempenho pessoal, convertendo quatro gols durante as quatro partidas que disputou até cair nos oitavos-de-final contra o Uruguai. Até agora, o CR7 jogou 17 jogos e converteu 7 pontos.
Guillermo Memo Ochoa está se preparando para fazer o melhor caminho para o Catar 2022. Tudo indica que aos 36 anos o goleiro mexicano jogará sua quinta Copa do Mundo, depois de fazer sua estreia na Copa do Mundo de 2006 aos 21 anos. Deve-se notar que tanto naquele evento da Copa do Mundo quanto em 2010, o nativo de Guadalajara foi um substituto e não conseguiu defender o gol, ocupado por Oswaldo Sánchez e Conejo Pérez, respectivamente.
Com o número 13 nas costas e depois de ingressar nas equipes de 2006 e 2010, o título chegaria a ele na Copa do Mundo no Brasil 2014, onde o ainda goleiro de A.C. Ajaccio, da França, se colocou sob três naipes nas quatro partidas disputadas pela equipe mexicana até cair na rodada de 16 com os Países Baixos 2-1.
Em 2018 Ochoa chegou à Copa do Mundo na Rússia aos 32 anos e, sob o comando de Juan Carlos Osorio, voltaria a ser o titular do Tri. Como na edição anterior, os mexicanos se despediram nas oitavas de final depois de perder para o Brasil por 2 a 0. No total, e até agora, Memo jogou oito jogos e sofreu 9 gols.
Aos 24 anos, Manuel Neuer foi convocado para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e desde sua estreia na Copa do Mundo conquistou o título da seleção alemã. Ainda jogando pelo Schalke 04, o alemão não pesou o número 1 nas costas e nas seis partidas que disputou só recebeu um gol na derrota por 1 a 0 contra a Espanha nas semifinais do torneio. Na partida pelo terceiro lugar, que os teutões venceram o Uruguai por 3-2, Hans-Jörg Butt salvou.
No Brasil 2014, sua consagração veio. O goleiro do Bayern de Munique ia gritar campeão depois que sua equipe venceu a Argentina por 1 a 0 no Maracanã. Lá ele jogou as sete partidas correspondentes, recebeu o prêmio Golden Glove de melhor goleiro da competição e ganhou o troféu mais desejado por qualquer jogador de futebol. No total, ele sofreu 4 gols.
Da glória ao fracasso. Na Copa do Mundo de 2018 na Rússia e com ele como capitão após a ausência de Philipp Lahm, Die Mannschaft não conseguiu passar da fase de grupos depois de perder para o México por 1 a 0 no primeiro encontro, batendo a Suécia por 2 a 1 no segundo e caindo surpreendentemente para a Coreia do Sul por 2 a 0 no último. Até agora, ele jogou 16 partidas e recebeu 9 gols.
Com o número 16 nas costas, Sergio Busquets fez sua estreia em um campeonato mundial da melhor maneira depois de se tornar campeão na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, aos 22 anos, ao vencer a Holanda por 1 a 0. Nesse torneio, o meio-campista jogou as sete partidas correspondentes e foi fundamental em um setor do campo que ele compartilhou com seus companheiros de equipe do Barcelona Xavi Hernández e Andrés Iniesta.
Como aconteceu com o goleiro alemão, a próxima edição foi a pior de sua carreira, pois no Brasil 2014 ele jogou apenas dois dos três jogos da fase de grupos que a Espanha não conseguiu superar perdendo para os holandeses (5-1) e Chile (2-0). 12 anos depois de levantar o troféu, na Rússia, e já com número 5, o benchmark Barsa começou nas quatro partidas que La Roja realizou até ser eliminado pela anfitriã nos oitavos-de-final. Até agora, Busi jogou 13 partidas da Copa do Mundo.
Aos 31 anos, o goleiro Hugo Lloris foi o último a vencer a tão esperada Copa do Mundo após a vitória da França por 4-2 sobre a Croácia na final da Copa do Mundo de 2018 na Rússia. No entanto, sua história com o Blues começou mal na África do Sul 2010 e aos 23 anos, incapaz de superar a fase de grupos em que ele jogou todos os três jogos e sofreu 4 gols.
No Brasil 2014, como capitão da equipe francesa, Lloris jogou cinco jogos até que sua equipe foi eliminada nas quartas de final contra a Alemanha. No que diz respeito à última edição, o goleiro francês não jogou a última partida da fase de grupos, então ele tem 14 partidas e 13 gols contra.
O Pistolero disputou sua primeira Copa do Mundo na África do Sul 2010 aos 23 anos e se tornou uma das figuras do plantel liderado pelo Maestro Tabarez, já que foi fundamental nas semifinais de sua equipe ao evitar um gol ganês com a mão no último minuto. Por causa dessa ação, Luis Suarez não pôde jogar contra a Holanda, que finalmente conseguiu o ingresso para a final. Em sua estreia na copa do mundo, charrua jogou seis jogos e marcou três gols.
No Brasil 2014, ele seria o protagonista de uma nova polêmica. No último jogo da fase de grupos contra a Itália, o jogador, que havia sido comprado recentemente pelo Barcelona, mordeu o ombro do zagueiro italiano Giorgio Chiellini e não conseguiu jogar contra a Colômbia, que acabou vencendo nos oitavos-de-final.
Em 2018 e já com 31 anos, Suarez começou nas cinco partidas disputadas pela seleção uruguaia até sua eliminação nas quartas de final contra a França por 2-0. Até agora, ele jogou 13 duelos e marcou 7 gols.
Com a Copa do Mundo de 2022 no Qatar, Luka Modric poderia ter se juntado à lista dos jogadores que mais disputaram a copa do mundo na história (com cinco). No entanto, ficando de fora da Copa do Mundo da África do Sul, esta será sua quarta apresentação depois de fazer sua estreia aos 21 anos em 2006. Nesse evento, o técnico Zlatko Kranjčar decidiu deixá-lo como substituto na primeira partida contra o Brasil e iniciá-lo nos outros dois. No final, a Croácia não conseguiu avançar para a segunda rodada.
Em 2014, e já com o número 10 nas costas, o jogador do Real Madrid integrou o onze inicial desde o início, mas novamente não saiu da fase de grupos. Ele e seu país passariam por uma situação totalmente diferente em 2018. Na Rússia, Modric se tornou o capitão e liderou sua equipe para a final, onde caiu para a França por 4-2. Até agora, o meio-campista de 36 anos jogou 12 jogos e marcou dois gols.
Apesar de não ter disputado nenhuma das cinco partidas disputadas pela seleção brasileira após as boas atuações de Lucio e Juan, aos 25 anos Thiago Silva fez parte do plantel que viajou para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, na qual chegou às quartas de final.
Foi somente na edição de 2014 que aconteceu em seu país quando Luis Felipe Scolari lhe deu o título, o número 3 e a fita do capitão para que, junto com David Luiz, ele assumisse o controle central para trás. Nesse torneio, ele jogou seis das sete partidas (incluindo o terceiro lugar) e marcou seu primeiro gol nas quartas de final contra a Colômbia. Nesse confronto ele também foi notado e ficou de fora do que foi a vergonhosa eliminação contra a Alemanha depois de cair por 7-1.
Finalmente, em 2018 e aos 33 anos, ele atuou na Rússia como líder da defesa nas cinco partidas que disputou até a eliminação nas quartas de final contra a Bélgica por 2-1. Até agora ele tem 11 duelos em três Copas do Mundo.
Desde sua estreia na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul contra a Nigéria aos 22 anos e número 7 nas costas, Ángel Di María se tornou uma das peças fundamentais para os diferentes técnicos que passaram pela seleção argentina. Nessa edição, com Diego Maradona no comando, ele jogou todas as cinco partidas até a eliminação nas quartas de final, enquanto no Brasil 2014, com Sabella, ele jogou os cinco primeiros até que uma lesão o marginalizou de estar presente nas semifinais e na final lembrada contra a Alemanha.
Em 2018, aos 30 anos, El Fideo começou em três dos quatro duelos em que Albiceleste participou antes de cair na segunda rodada contra a França 4-3, onde marcou um gol real que infelizmente não foi suficiente para reverter o resultado.
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