Já se passaram vários dias desde que o presidente Iván Duque assinou a ordem de extradição de Dairo Antonio Úsuga David, vulgo Otoniel, fato que levou à rejeição de alguns setores, que esperam que o ex-líder do Clã do Golfo seja responsabilizado pelo conflito armado e pelo tráfico de drogas no país. No entanto, um dos principais objetivos do chefe de Estado colombiano após a captura de Úsuga, era extraditá-lo. Bem, o presidente nacional mais uma vez comentou o assunto e fez um comentário polêmico.
Depois de deixar a apresentação do projeto Puerto Antioquia, no Golfo de Urabá, o presidente nacional mostrou que está satisfeito com o processo e já está com a mente definida na próxima semana, pois será o prazo em que 'Otoniel' poderá fazer o apelo correspondente para impedir sua extradição. Duque, destacou vários pontos e enfatizou que, nessa ocasião, a justiça colombiana venceu, apesar de os narcotraficantes acreditarem o contrário.
Em relação ao assunto, ele novamente usou qualificadores fortes contra os capturados, já que o chamou de “rato”. Diante da mídia, o presidente disse:
Da mesma forma, o presidente destacou que o processo ocorrerá nos Estados Unidos, uma vez que será naquele território onde ele terá que pagar por todos os crimes relacionados ao tráfico de drogas, entre outros. No entanto, levando em consideração o julgamento do Tribunal, daquele país ele terá que continuar contribuindo para o sistema de justiça colombiano no caso de ser necessário, uma vez que o documento judicial estabeleceu que, se solicitado, deve haver cooperação entre os dois países.
Duque também ressaltou que, assim que o extraditável pagar sua sentença naquele país, ele deve retornar à Colômbia para comparecer às autoridades e continuar seus processos pendentes no país. Por sua vez, o líder nacional ressaltou que sua luta é incansável contra o tráfico de drogas e grupos criminosos, uma vez que insistiu em capturar o resto dos homens do Clã do Golfo, buscando desmantelar sua coluna principal.
O processo de captura do pseudônimo “Otoniel” ocorreu em 23 de outubro de 2021, quando em uma operação conjunta entre a Polícia, a Força Aérea e o Exército Nacional, 22 helicópteros e aproximadamente 500 soldados chegaram ao Cerro Yoki, na zona rural do município de Necoclí, e neutralizaram os anéis de segurança do narcotráfico, também conhecido como apelido 'Mauro'. Essa situação permitiu que as autoridades entrassem na área de incidência e conseguissem reduzir Dairo Antonio Úsuga David.
Atrás de 'Otoniel' há cerca de 128 acusações, porque segundo o Ministério da Defesa se destaca seu registro: extorsão, homicídio, tráfico de drogas, deslocamento forçado, concerto para cometer crime, tráfico de armas, formação de grupos armados e crimes contra a humanidade.
É importante lembrar que a extradição dos narcotraficantes tem sido controversa, uma vez que as vítimas exigem que esse processo ainda não seja finalizado, tendo em vista que os acusados devem comparecer e esclarecer a verdade em território nacional. No momento em que Otoniel tentou apresentar um inquérito à Jurisdição Especial para a Paz, suspeitosamente as forças de segurança que o guardavam intervieram e dificultaram o processo. A mesma coisa aconteceu quando a Comissão da Verdade tentou contar com seu testemunho.
CONTINUE LENDO: