Monreal criticou promotores por “esconder sua incapacidade” após inconsistências no caso Debanhi Escobar

O senador morenista exigiu justiça para Debanhi e todas as mulheres vítimas de violência.

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Foto de archivo. El senador
Foto de archivo. El senador mexicano Ricardo Monreal habla durante la entrega del acuerdo comercial TMEC entre Estados Unidos-México-Canadá en el edificio del Senado en la Ciudad de México, 30 de mayo de 2019. REUTERS/Carlos Jasso

As inconsistências no assassinato de Debanhi Escobar geraram indignação em toda a República, provocando críticas severas. ao Governo de Nuevo León, bem como à Procuradoria-Geral da República (FGE).

A eles se juntaram o senador Ricardo Monreal, que reprovou os promotores por “ações negligentes” para a prevenção do feminicídio. É por isso que o funcionário se juntou às demandas de justiça de Debanhi e de todas as mulheres “vítimas de violência e indiferença”.

E vale lembrar que a jovem foi encontrada sem vida treze dias após seu desaparecimento dentro de uma cisterna do motel “Nueva Castilla”, localizado na mesma área onde as autoridades implantaram os agentes de busca.

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Diante disso, a única declaração da instituição liderada por Gustavo Adolfo Guerrero foi que Debanhi teria morrido por “contusão profunda do crânio”, ao mesmo tempo que outras versões apontavam a morte como um acidente — o que foi negado pela própria família.

Isso ganhou o Ministério Público, bem como o governador, Samuel Garcia, de uma série de ataques, como a morte do jovem estudante ocorreu em meio à crise de insegurança em relação às mulheres que atualmente assola o norte do estado.

Nesse sentido, é pertinente notar que o presidente do Movimento Cidadão (MC) instruiu o órgão a tornar transparentes todas as informações e progressos na investigação porque, declarou,” Eu, como Governador do Estado, não conheço a pasta, não vi um vídeo.”

Aldo Fasci, secretário estadual de segurança pública (SSP), chegou a reconhecer que o que aconteceu com Debanhi reflete “um fracasso humano maciço” das instituições: “Eles estiveram lá quatro vezes e não encontraram nada”, disse à mídia.

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Assim, o pai da jovem, Mario Escobar, reafirmou sua desconfiança em relação ao promotor, além de responsabilizar pela morte de sua filha o taxista “confiável” que deveria levá-la para casa e que tirou sua última fotografia viva.

A esse respeito, Mario garantiu que o assunto teria feito com que Debanhi saísse do carro depois de tocá-la sem o consentimento dele: “Minha filha morreu de pessoas incompetentes”, disse.

Tanto a família quanto as organizações não governamentais (ONGs) esperam que descubram mais detalhes ao longo do tempo: de revelações de novos vídeos, a uma dica de quanto tempo Debanhi estava na cisterna, quem teria tirado sua vida e como ela a jogou no tanque de água.

Por sua vez, a administração do motel onde o corpo do estudante de direito foi encontrado mencionou em várias ocasiões que algumas das câmeras não estavam em operação ou eram apenas para monitoramento - ou seja, as imagens não são armazenadas.

Enquanto isso, a Alcoa Transportes Internacionales — empresa também envolvida no caso — não divulgou os motivos pelos quais ambas as gravações capturadas por suas câmeras de segurança são perdidas.

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