“Gaslit”: a série com Julia Roberts e Sean Penn sobre a mulher que antecipou Watergate já está disponível

A atriz de “Pretty Woman” interpreta Martha Mitchell, a esposa do procurador-geral de Richard Nixon, que alertou sobre o escândalo que mais tarde terminou com a renúncia do presidente

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Na série “Gaslit”, Julia Roberts interpreta Martha Mitchell, a mulher que foi acusada de ser louca depois que ela expôs o escândalo Watergate antes que ele se tornasse público. (Starzplay)

Um novo episódio desta série será apreciado todos os domingos. Este é Gaslit, a ficção que pode ser vista através do Starzplay dirigido por Matt Ross (Capitão Fantástico) e estrelado por Julia Roberts (Homecoming) e Sean Penn (Mystic River) nos papéis de Martha e John Mitchell, o Procurador-Geral da Presidente Richard Nixon.

Esta ficção é baseada no podcast Slate Slow Burn criado por Leon Neyfakh e basicamente conta a história verídica de Martha Mitchell, uma das protagonistas da história recente dos EUA que foi absolutamente esquecida. Uma mulher com uma grande personalidade, esmagadora e rainha das elites de Washington, que nunca ficou em silêncio e lidou com informações de primeira linha.

Bob Woodward, um dos jornalistas que investigam o caso Watergate, descreveu Martha em seu livro All the President's Men (que ele escreveu com seu colega Carl Bernstein). Ele se referiu a ele como “o coro grego do drama Watergate: aquele que avisa a todos que queriam ouvi-lo”. É só que Mitchell foi o primeiro a deixar escapar a ideia de que o governo de Nixon estava em uma imensa rede de corrupção.

A série apresenta Robbie Pickering como o showrunner e na época do lançamento do projeto de Gaslit, ele comentou: “Martha foi a primeira e mais forte voz, a se levantar contra a criminalidade de uma administração presidencial corrupta e foi uma das mais mártires públicos complexos da época”. Uma descrição precisa da vida dessa mulher que foi tratada por políticos, pela mídia e pelos altos escalões de poder da época, como uma pessoa perturbada que deveria receber tratamento especial.

John Mitchell, por sua vez, estava servindo como procurador-geral da presidência e era um homem de confiança de Nixon. No momento em que sua esposa o coloca em alerta sobre a participação do presidente em Watergate, o homem se vê em uma encruzilhada entre endossar a queixa de sua esposa, ou, pelo contrário, expô-la e continuar segurando Nixon.

Martha não era só a “esposa de”. Ela tinha um lugar conquistado entre os habitantes do Arkansas e sabia como se cercar de jornalistas e estrelas de Hollywood também. Ela foi vista circulando em talk shows televisivos da época, nos quais deixou clara sua posição como uma mulher republicana que se opunha ao avanço comunista em seu país. Ele também foi a pessoa que lidou com todas as fofocas do jet-setting, algumas delas inofensivas e outras perigosas que poderiam fazer mais de uma pessoa tremer de poder.

O destino da Sra. Mitchell mudaria para sempre depois de um assalto realizado nos escritórios do Comitê Nacional Democrata em Washington em 1972, onde um grupo de pessoas saqueou gravações e documentos essenciais para a investigação de Nixon. Um dos presos foi o guarda-costas da Sra. Mitchell, James McCord, que havia rumores de ser seu amante.

Após esse evento, o declínio na vida de Martha começou quando ela foi alvo de uma campanha organizada de difamação contra ela. Ela foi acusada de ser mentirosa e ignorante e que nenhum de seus argumentos poderia ser tomado como preciso. Durante o lançamento da série nos Estados Unidos, Julia Roberts comentou sobre sua personagem e disse: “Eu acho que (Martha) é o caroço do pêssego que ninguém nunca prestou atenção: todo mundo comeu o pêssego e jogou o caroço”. O elenco é completado por Dan Stevens (A Bela e a Fera) como John Dean, Betty Gilpin (Glow) que interpreta Mo Dean e Darby Camp (Clifford, o grande cachorro vermelho) como Marty Mitchell, entre outros.

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