Através de suas redes sociais, e em meio à lista de perguntas que recaíram sobre o candidato presidencial Gustavo Petro, Armando Benedetti, apoiador da campanha do candidato ao Pacto Histórico, garantiu que a única coisa que poderia impedir o chefe de Estado de ser deixado no mãos do ex-prefeito de Bogotá seria uma situação extrema que ameaça sua vida e bem-estar. Da mesma forma, o senador vem atacando Federico Gutiérrez, um dos maiores críticos do líder da Colômbia Humana.
O primeiro turno das eleições presidenciais da Colômbia está marcado para 29 de maio de 2022. De acordo com a pesquisa mais recente do Centro Nacional de Consultoria, Gustavo Petro seria vitorioso, tanto no primeiro quanto no segundo turno, contra Fico Gutiérrez, candidato da equipe para a Colômbia. O trinado de Benedetti foi dado antes das publicações sobre a visita do candidato a Ciénaga de Oro no meio de suas turnês de campanha.
Em uma das situações mais recentes em que Gustavo Petro esteve envolvido, o comandante do Exército Nacional, Eduardo Zapateiro, também esteve envolvido. O candidato presidencial questionou os uniformizados que fazem parte das estruturas criminosas e os benefícios que recebem deles. “A honra das forças militares é isolá-las do regime de corrupção, profissionalizá-las e alcançar o máximo bem-estar para o policial e o soldado. Os generais vão me informar das casas construídas para o agente e o soldado”, escreveu na manhã deste domingo, 24 de abril, em suas redes sociais.
Foi nesta semana que o general Juvenal Díaz, comandante da Sétima Divisão do Exército, confirmou que houve um ataque, do Clã do Golfo, na aldeia de Nutibara, em Frontino, contra membros uniformizados do Exército Nacional. De acordo com o relatório preliminar, oito soldados ficaram feridos, outro deles perdeu parte de uma das pernas e outros seis perderam a vida.
“Enquanto os soldados são mortos pelo Clã do Golfo, alguns dos generais estão na folha de pagamento do clã. O topo está corrompido quando são os políticos do narcotráfico que acabam promovendo os generais”, disse Gustavo Petro. Zapateiro, em resposta, acusou o candidato de usar eventos trágicos como esse para alimentar sua campanha presidencial. “Senador, não use sua posse (inviolabilidade parlamentar) para tentar fazer politicagem com a morte de nossos soldados, antes cumprir seu dever cidadão de denúncia fundamentada ao Ministério Público dos fatos que você mencionar, quem quer que seja”, disse.
“Lembro que, como senador, você faz parte do coletivo que ousa apontar como 'políticos de traficantes de drogas'. Como cidadão, recomendo não generalizar. Respeito em primeiro lugar”, acrescentou.
Em resposta às declarações do chefe das forças de segurança, as autoridades o lembraram de que, como funcionário ativo da instituição, ele não deveria estar realizando ataques desse tipo. Aqueles que se manifestaram contra as ações de Zapateiro também pediram que ele renunciasse ao cargo.
“O general Zapateiro não pode intervir na política e a série de tweets feitos contra Gustavo Petro é crime. Exigimos sua renúncia imediata, suas palavras não são democráticas, violam a constituição e a independência do Exército”, disse o senador do Partido MAIS Feliciano Valencia, uma das várias personalidades que concordaram com a separação de Zapateiro do cargo, imediatamente.
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