Recentemente, houve confrontos entre grupos criminosos, que deixaram 2 mortos e 4 feridos, mas a situação já se arrasta há algum tempo, o que obrigou muitas pessoas a deixar seus territórios. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários informou que das mais de 15.000 pessoas deslocadas, a maioria vem da região do Pacífico, especificamente de Chocó e Nariño.
É por isso que o Gabinete do Procurador-Geral da Nação emitiu uma declaração, depois de realizar reuniões com as autoridades, que forneceu números sobre as várias situações de ordem pública. No documento, eles pediram às unidades das forças de segurança que atuassem imediatamente, a fim de garantir a segurança da comunidade; além disso, rejeitou os atos de violência e ações criminais que foram cometidos no departamento.
“É importante atender às pessoas que foram vítimas de deslocamento forçado e confinamento, o que inclui a solicitação oportuna de recursos do Governo e da Unidade de Atenção Integral e Reparação das Vítimas, UARIV, que é solicitada, para liderar os processos de restauração de direitos e retorno das pessoas afetadas por esse problema”.
O Ministério Público acrescentou que as áreas rurais devem ser priorizadas, desenvolvendo uma estratégia. O Ministério Público também garante que monitorará a situação humanitária em Chocó, ameaças a diferentes populações e culturas, alertas sobre deslocamento forçado e outras violações dos direitos humanos.
A Procuradoria Geral disse que as populações mais afetadas do departamento estão nas regiões de: Bajo Atrato, Baudó, Darién, Medio Atrato, Pacifico e San Juan. Lá, mais de 20 municípios sofreram pelo menos um ato violento durante 2022.
O departamento de fronteira também enfrenta problemas na área da saúde, devido à falta de pagamentos aos profissionais, além do fato de os suprimentos médicos não chegarem, portanto, não há atendimento adequado aos cidadãos.
Além disso, o departamento tem alertas emitidos pelo IDEAM, em diferentes áreas devido à forte onda de inverno, onde podem ocorrer deslizamentos de terra, inundações e transbordamentos. Mas a questão da ordem pública é a que mais preocupa os habitantes; a presença de vários grupos armados, como o chamado Clã do Golfo, por exemplo, foi açoitada e até confinada a várias populações.
De fato, o representante de Chocó, Domingo Ramos, pediu que a capital do departamento, Quibdo, fosse militarizada por causa dos confrontos armados que deixaram várias vítimas mortais, incluindo algumas crianças. “É lamentável o que está acontecendo em Quibdó, estamos expressando esse alerta há mais de um ano e meio, por causa da ansiedade que essa guerra entre gangues gera na cidade. Rejeitamos essa onda de violência e peço urgentemente ao Governo Nacional que militarize a cidade de Quibdo, porque sabemos que há escassez de pessoal uniformizado das forças públicas”.
Até a Igreja Católica demonstrou, pedindo a cessação das atividades de guerra. Uma carta emitida por algumas organizações sociais, em conjunto com os bispos da diocese de Istmina, Apartadó e Quibdo, aponta que existe uma disputa territorial entre os atores armados, que levou a confinamentos, deslocamentos, mortes e ferimentos; assassinatos coletivos foram cometidos, e até episódios de minas antipessoal.
O Exército explicou que grupos criminosos tentaram se infiltrar em alguns militares uniformizados, de acordo com o comandante da Sétima Divisão do Exército, General-de-Brigada Juvenal Díaz, várias tentativas foram detectadas para entrar nas fileiras militares, fingindo prestar serviço militar.
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