PCM não conhecia a proposta de uma nova Constituição anunciada por Pedro Castillo, de acordo com o ministro da Saúde

Jorge López indicou que eles não tinham nada de concreto em relação a uma Assembleia Constituinte.

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Ontem, em Cusco, o presidente Pedro Castillo anunciou que enviará um projeto de lei ao Congresso da República para que, durante as Eleições Municipais e Regionais deste ano, um referendo será consultado para determinar se a população concorda ou não com a mudança da Constituição.

“Vamos enviar um projeto de lei ao Congresso da República, seguindo o curso constitucional, para que nessas próximas Eleições Municipais e Regionais, o Congresso da República aprove esse projeto de lei para que o povo peruano também seja consultado, por meio de uma carta, se eles concordam com um nova Constituição”, disse o presidente antes da conclusão do Sexto Conselho de Ministros Descentralizado.

No entanto, esta teria sido uma decisão que o presidente não consultou o seu Conselho de Ministros (PCM), como revelou o chefe da pasta da Saúde, Jorge Lopez. “Estávamos em avaliações, mas ainda não tínhamos nada de concreto”, disse ele à Exitosa, do distrito de San Martín de Porres, em campanha de vacinação.

Segundo López, o que o presidente Castillo levantou foi um anúncio que pegou todos no PCM de surpresa. “A única coisa que temos que ver é que, se alguma vez houver um referendo a ser alcançado, são as pessoas que têm que decidir”, acrescentou.

“É simplesmente um referendo, no final serão as pessoas que tomarão as decisões. (...) Ontem, o presidente falou. Estamos em um país democrático e são as pessoas que tomam as decisões. As pessoas são a voz principal em nosso país (...) Ontem a população também estava pedindo o encerramento do Congresso, acho que devemos avaliar isso, defini-lo”, frisou.

AGORA CABE AO CONGRESSO

Para o ministro da Cultura, Alejandro Salas, cabe agora ao Congresso da República avaliar a proposta anunciada pelo presidente. Ele também indicou que não devemos “ter medo” dos cidadãos expressando seus sentimentos.

“Caberá ao Congresso da República avaliá-lo. O que nunca devemos ter medo, como democratas e como peruanos, é que as pessoas, cidadãos e cidadãos se expressem nas urnas. Serão eles que finalmente decidirão”, disse.

Salas considerou que, se o Parlamento e o Poder Executivo se entenderem, “o Perú se sairá bem”. “Ambos os ramos do governo foram eleitos por cinco anos. O Perú se sairá bem se as duas potências se entenderem. Acho que, como democratas, temos que buscar que ambos os poderes se reúnam para trabalhar para o país”, disse.

“As pessoas não pedem apenas o Executivo, elas pedem o trabalho do Poder Legislativo, do Judiciário, das instituições do país. Acredito que unidos como peruanos seremos capazes de levar isso adiante. Vamos trabalhar para isso”, acrescentou.

Por fim, salientou que “todos os servidores públicos estão em avaliação absoluta. Temos que rever absolutamente todos os objetivos, as metas que foram cumpridas ou não, as necessidades da população, dos setores e, com base nisso, podemos ver os resultados e poder trabalhar se há mudanças ou não haverá mudanças”.

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