Um militar russo confirmou que Putin não só quer controlar parte da Ucrânia: ele também busca anexar o leste da Moldávia

Rustam Minnekayev, vice-comandante das forças do distrito militar da Rússia central, incluiu entre os alvos os separatistas pró-russos que controlam a região da Transnístria

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Service members of pro-Russian troops drive a tank during Ukraine-Russia conflict on a road outside the southern port city of Mariupol, Ukraine April 10, 2022. REUTERS/Alexander Ermochenko
Service members of pro-Russian troops drive a tank during Ukraine-Russia conflict on a road outside the southern port city of Mariupol, Ukraine April 10, 2022. REUTERS/Alexander Ermochenko

A Rússia aspira a controlar totalmente o sul da Ucrânia e a região de Donbas (leste), a fim de ter uma ponte terrestre para a Crimeia, que foi anexada em 2014, mas também aspira a chegar à Transnístria, a região separatista da Moldávia.

Desde o início da segunda fase da operação especial, iniciada há dois dias, um dos objetivos do exército russo é estabelecer o controle total sobre o Donbass e o sul da Ucrânia”, disse Rustam Minnekayev, vice-comandante das forças do distrito militar da Rússia central.

Os militares explicaram que isso garantirá um corredor terrestre para a Crimeia e influenciará as principais infraestruturas da economia ucraniana, como os portos do Mar Negro através dos quais produtos agrícolas e metalúrgicos são enviados, disse ele, citado por agências russas, em uma reunião com empresas em um militar- complexo industrial em Ecaterimburgo.

De acordo com Minnekayev, o controle do sul da Ucrânia também ajudará os separatistas pró-russos na Transnístria, que estão no controle de um território da Moldávia que faz fronteira com o oeste da Ucrânia desde 1992.

“O controle do sul da Ucrânia também é um corredor para a Transnístria, onde também vemos casos de opressão da população de língua russa”, disse o general.

A Moldávia é um pequeno país de língua romena que fazia parte da antiga União Soviética e agora é liderado por um governo pró-ocidental.

Infobae

Por seu lado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lamentou no final desta quinta-feira que a Rússia tenha rejeitado a proposta das Nações Unidas de estabelecer uma trégua durante a Páscoa ortodoxa, que se celebra no próximo dia 24 de abril.

Isso mostra muito bem como os líderes desse estado realmente tratam a fé cristã, um dos feriados mais alegres e importantes”, disse Zelensky em seu habitual discurso noturno, conforme registrado em uma declaração presidencial.

A Rússia rejeitou a proposta do secretário-geral da ONU, António Guterres, de declarar um cessar-fogo humanitário de quatro dias durante a Páscoa ortodoxa para remover civis de Mariupol e levar ajuda humanitária a áreas devastadas pela guerra.

Por outro lado, Zelensky reiterou durante seu discurso seus agradecimentos aos parceiros por prestarem ajuda à Ucrânia e garantiu que a cidade portuária de Mariupol resiste à invasão das tropas russas.

Agradeço aos meus parceiros por sua ajuda e os exorto a acelerar o fornecimento das armas necessárias à Ucrânia para que possamos alcançar a paz”, enfatizou Zelensky. Ele também enfatizou que Mariupol é uma cidade que continua resistindo à Rússia. “Apesar de tudo o que os invasores dizem sobre isso”, disse.

O presidente da Ucrânia acusou a Rússia de planejar falsificar um referendo de independência nas regiões do sul parcialmente ocupadas de Kherson e Zaporizhzhia.

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