Os Estados Unidos alertaram que agirão se a China avançar na instalação de uma base militar nas Ilhas Salomão

Uma delegação dos EUA viajou para o arquipélago na sequência de um acordo assinado com Pequim que aumenta o perigo de uma presença militar permanente no Pacífico. O primeiro-ministro Manasseh Sogavare reiterou suas garantias

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U.S. Secretary of State Antony Blinken speaks during the unveiling ceremony of a bronze bust of former Secretary of State James A. Baker III, at the State Department, in Washington, D.C., U.S., April 4, 2022. Evan Vucci/Pool via REUTERS
U.S. Secretary of State Antony Blinken speaks during the unveiling ceremony of a bronze bust of former Secretary of State James A. Baker III, at the State Department, in Washington, D.C., U.S., April 4, 2022. Evan Vucci/Pool via REUTERS

Os Estados Unidos alertaram as Ilhas Salomão que agirão “de acordo” se a China instalar uma “presença militar permanente” no arquipélago do Pacífico após a assinatura de um controverso acordo de segurança, informou a Casa Branca sexta-feira.

A delegação de alto nível dos EUA que visitou as Ilhas Salomão explicou aos líderes das Ilhas Salomão que, se Pequim conseguir “estabelecer uma presença militar permanente de fato”, os Estados Unidos “responderão de acordo”, disse a presidência dos EUA em comunicado.

E fará o mesmo no caso de serem estabelecidas uma “instalação militar” ou “capacidades de projeção de força” que permitam uma implantação chinesa na região, disse ele.

Representantes da Casa Branca e do Departamento de Estado viajaram sexta-feira para as Ilhas Salomão, onde se reuniram com o primeiro-ministro Manasseh Sogavare. Washington queria convencer o arquipélago a não assinar um acordo com Pequim, mas na terça-feira tornou-se oficial.

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“Em resposta às preocupações levantadas, o primeiro-ministro Sogavare reiterou suas garantias e assegurou especificamente que não haveria base militar, presença de longo prazo ou capacidades de projeção de força”, disse a presidência norte-americana no comunicado.

“Os Estados Unidos ressaltaram que acompanhariam os desenvolvimentos de perto com seus parceiros regionais”, acrescentou.

A delegação norte-americana também insistiu nas “potenciais implicações para a segurança regional” e questionou, durante “discussões substantivas”, “o objetivo, o alcance e a transparência do acordo”.

Os americanos, que afirmam “respeitar o direito” das Ilhas Salomão de tomar “suas decisões soberanas”, se esforçaram para ganhar sua confiança com uma série de decisões.

Isso inclui acelerar a abertura de uma embaixada dos EUA, fortalecer a cooperação na ação contra minas, despachar um navio-hospital ou entregar vacinas adicionais.

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Os dois países também se comprometeram a lançar um “diálogo estratégico de alto nível” que se concentrará na questão delicada da segurança.

Antes do encontro com os americanos, o premier Sogavare, que em 2019 mudou sua aliança com Taiwan pela China, coincidiu com a abertura de um estádio esportivo financiado por Pequim com o embaixador chinês em Honiara.

Sogavare, que já garantiu anteriormente que sua política externa é “ser amigo de todos e inimigo de nenhum”, disse em discurso no evento de hoje que sua aliança com Pequim coloca seu país no “lado certo da história”, diz o canal local SIBC.

O presidente observou que, durante esses três anos de relações com Pequim, os laços entre os dois países se desenvolveram com “confiança, respeito e desejo genuíno de resultados de desenvolvimento sustentável a longo prazo”.

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Por sua vez, o embaixador chinês em Honiara, Li Ming, assegurou que Pequim “apoia plenamente o desenvolvimento das Ilhas Salomão” e defendeu a implementação de outros projetos para promover o desenvolvimento sustentável, bem como medidas para proteger pessoas, empresas e projetos.

O diplomata chinês também insistiu que seu país é “sempre sólido” no cumprimento de seus compromissos e é “rápido em suas ações”, durante o discurso transmitido pela SIBC.

(Com informações da AFP e da EFE)

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