Na quinta-feira, 21 de abril, o Tribunal Constitucional da Colômbia anulou o novo Código Eleitoral proposto pelo secretário geral, Alexander Vega, e que havia sido aprovado pelo Congresso no final de 2020, mostrando que erros graves foram cometidos no processamento desta lei, que havia sido fortemente questionada por especialistas.
Com um voto de seis votos a favor e três contra, a Câmara Plena do tribunal superior concluiu que defeitos processuais haviam ocorrido na aprovação deste novo código que estabeleceu novas regras para o processo eleitoral no país, por ser de natureza estatutária, razão pela qual não pôde ser aprovado em sessões extras no Congresso.
Esta decisão do Tribunal Constitucional gerou uma série de reações no país político, em que alguns funcionários expressaram seu apoio à decisão do tribunal superior e outros defenderam esse projeto promovido pelo secretário Vega, que poderia ser suspenso do cargo após o Tribunal de Cundinamarca. admitiu uma ação popular que busca afastá-lo do cargo para interrogatório em eleições legislativas.
“Como relator coordenador do Código Eleitoral, é uma pena que o Tribunal Constitucional não lhe tenha dado vida. Com isso, poderíamos parar a compra de votos, o uso indevido de testemunhas, júris, software, pesquisas, escrutínio, etc. Os bandidos devem ser felizes”, disse o senador e membro do Pacto Histórico, Armando Benedetti.
Por sua vez, a representante da Câmara e ex-candidata à vice-presidência da Colômbia, Angela María Robledo, afirmou que esta decisão foi mais um fracasso do presidente Iván Duque e que ela estava acompanhada pelo secretário Alexander Vega, observando que ela havia sido avisada na época, um mensagem que coincide com a da deputada María José Pizarro, que apontou que aprovar esta lei em sessões extraordinárias e como reforma é “inconstitucional”.
Por sua vez, a ex-combatente das FARC e parlamentar do Partido dos Comuns, Sandra Ramírez, afirmou que “jogar sujo” era o que o escrivão e o Congresso haviam feito quando aprovaram o Código Eleitoral “aos pontapés e fora de todas as normas”, indicando que era “pavoroso que as maiorias do Congresso foram apenas uma comissão de aplausos.”
“A coisa mais embaraçosa sobre o #CódigoElectoral de Alex Vega que acabou de cair, é que o Congresso, avisou totalmente que ele não poderia processar essa lei estatutária por videochamada, o fez. A próxima reforma que deve ser derrubada, com o mesmo argumento, é a da Procuradoria-Geral da República”, disse a senadora eleita do Partido Verde Cathy Juvinao.
Da mesma forma, o ex-ministro e membro da Coalizão Centro Esperanza Juan Fernando Cristo indicou que, desde a adoção desta lei, sabia-se que se tratava de um procedimento irregular, porque havia sido em “extras e virtual”, quando deveria estar em sessões ordinárias do mesmo período e pessoalmente “, que perda de tempo e esforço naquele Congresso. Ninguém responde?”
“Respeito e acato as decisões do Tribunal Constitucional, mas no caso do Código Eleitoral, do qual fui relator, lamentou imensamente que com sua declaração de inexequibilidade, paridade de gênero, que propusemos e pela qual lutamos”, defendeu o parlamentar César Lorduy projeto.
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