O porta-voz da Renovação Popular, Jorge Montoya, usou sua conta no Twitter para dar uma mensagem ao presidente do república, Pedro Castillo. Segundo o deputado, se o presidente renunciar ao cargo, ele acabará atrás das grades.
Embora Montoya Manrique não tenha explicado os crimes pelos quais Castillo Terrones seria preso quando deixasse de ser chefe de Estado, em seu tweet alertando-o sobre seu futuro, ele também se referiu à crise na província de Mariscal Nieto, em Moquegua, devido ao bloqueio da área de mineração de Cuajone pelo membros da comunidade.
“O presidente sabe disso! Se ele se demitir do cargo, ele irá para a cadeia. Não há soluções em Cuajone, o governo olha para ele sentado de sua mesa, isso significa que quer que o assunto apareça e depois entre em uma ação repentina, completa e estática”, comentou nas redes sociais.
Horas antes, o parlamentar da bancada celestial disse ao Canal N que é preciso encontrar um caminho para que o presidente, e a companhia, saiam quando consideram que não estão desistindo de mais. Para isso, apelou às forças políticas da oposição para que se unam para confrontar o Executivo.
“Eles não fazem nada, sobre o desemprego das transportadoras eles não fazem nada para evitar isso, eles não estão interessados, a mesma coisa acontece com o setor de mineração, Cuajone já atingiu o limite, e não se surpreenda que esse governo queira nacionalizar a mineração. Esse governo não dá mais e você tem que ver no que vai dar”, disse.
TELA DE FUMAÇA
Sobre os comentários do presidente do Conselho de Ministros, Aníbal Torres, em que chama o cardeal Pedro Barreto de “miserável”, Montoya Manrique considerou uma “cortina de fumaça” mudar o foco da atenção pública.
“Eles usam o premier como elemento de distração, é uma cortina de fumaça permanente, o que ele disse [ao cardeal Barreto] não tem nome, trabalhamos na interpelação do primeiro-ministro, pedimos que ele nos desse cópias da ata do Conselho de Ministros semanas atrás e eles não cumprem entregando-os”, acrescentou.
Deve-se notar que o primeiro-ministro tentou justificar suas palavras ao cardeal. Em conferência de imprensa, Torres explicou que “é um ditado popular” dizer “miserável” para uma pessoa cujo nome Você não consegue se lembrar.
“Foi uma entrevista que eles me fizeram sobre isso. Eu não lembrava o nome do cardeal, então eu disse isso sobre 'quão miserável essa pessoa pode ser que eu nem me lembro do nome dele' ou algo assim. É um ditado popular de que pode ser usado em qualquer lugar, até mesmo em Lima”, disse.
“Foi isso. Eu não queria ofender. Também falei com o Cardeal nos dias anteriores, ele nunca falou uma palavra sobre as ações positivas que estão sendo tomadas pelo poder executivo, nem a favor das classes mais negligenciadas. Essa situação me preocupa”, continuou sua defesa.
“ELE É SÓ GOLPE PISTAS”
Também via Twitter, o secretário-geral do Perú Libre, Vladimir Cerrón, considerou que o porta-voz da Renovação Popular “não tem outra iniciativa de trabalho no Congresso” e que ele é “apenas um golpe”, referindo-se ao tweet do parlamentar em que pede a seus colegas no Congresso que “vejam como (o Governo ) vá embora.”
“Seria bom se você redigisse um projeto de lei, processasse ou representasse seus eleitores, mas fizesse alguma coisa, essa obsessão pelo golpe é cansativa e não leva a nada produtivo”, escreveu em suas redes sociais.
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