Dois homens acusados de ameaças contra Álvaro Uribe e Roy Barreras

As mensagens tinham a intenção de afetar a integridade física do ex-presidente e do senador. Os réus não aceitaram acusações.

En la imagen, el expresidente colombiano Álvaro Uribe, líder del Centro Democrático. EFE/Mauricio Dueñas Castañeda/Archivo

A Procuradoria Geral da Nação, por meio da Direção Especializada Contra as Violações de Direitos Humanos, apresentou a um juiz que supervisiona garantias de dois homens que, em diferentes eventos, enviaram mensagens ameaçadoras nas redes sociais contra o ex-Presidente da República, Álvaro Uribe Vélez e o Roy Alejandro Barreras Montealegre.

O primeiro a ser processado pelo órgão de investigação foi Deibys Pérez Ramos, que foi acusado do crime de instigação para cometer um crime agravado. De acordo com o material probatório fornecido, Pérez Ramos seria responsável por ameaçar o ex-presidente Álvaro Uribe Vélez em maio de 2019 por meio das redes sociais e contar com sua comunidade virtual.

O Ministério Público observou que a ameaça ocorreu no dia 17 daquele mês. Em uma publicação, o homem teria pedido a um grupo ilegal que pegasse em armas e atacasse o ex-presidente, que na época era deputado. A acusação não foi aceita pelo réu.

Naquela época, o Centro Democrata emitiu uma declaração de rejeição de ameaças contra o líder de seu partido. “Rejeitamos as ameaças contra o ex-presidente Uribe, que dedicou sua vida a servir bem a Colômbia. Continuaremos a lutar para construir um Estado Democrático, emoldurado pelo respeito à Lei e pela defesa da legalidade. Pedimos às autoridades competentes que realizem as investigações apropriadas, com toda a rapidez, uma vez que a gravidade da situação o justifica”, disse o partido governista no comunicado.

De acordo com o boletim entregue, “uma vez que o crime não contempla pena de prisão preventiva, o Ministério Público não solicitou uma medida de garantia”, mas alertam que, com as provas, vão apresentar uma acusação que poderá tornar-se uma possível condenação.

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Por outro lado, o Ministério Público também informou que William Pablo Andoque Sumaeta foi acusado de crimes de ameaças contra defensores de direitos humanos e servidores públicos.

Aparentemente, este homem elaborou e divulgou duas mensagens com intimidação de morte contra o senador Roy Alejandro Barreras Montealegre. As publicações foram feitas em 16 de novembro de 2019 e foram direcionadas para a conta que o deputado tem na rede social Twitter. O réu também não aceitou a acusação.

Depois de receber as ameaças contra ele, o senador pediu à Procuradoria-Geral da República que acrescentasse essa ameaça a uma lista de várias que ele teria recebido na época, após o debate em que revelou que vários menores foram mortos em um atentado a bomba em Porto Rico, em Caquetá.

O senador garantiu que as ameaças “estavam tomando forma, força e rosto”, disse o General-de-Brigada Jaime Ruiz Barrera, presidente da Associação Colombiana de Oficiais Aposentados das Forças Militares (Acore), ao Brigadeiro-General (R).

“Ele foi diretor de inteligência e contra-inteligência, ele sabe como a informação é tratada. Foi comandante da Quarta Brigada em 1988 e 1989, e superior imediato de Rito Alejo del Río, hoje condenado por vários crimes, e pôde entender que seu fanatismo contra a paz, o PEC, se deve ao medo da verdade. O general desencadeou toda uma guerra de mídia, entregou meu número de telefone para suas redes”, disse Barrera.

Embora o réu tenha se declarado inocente, o mesmo aconteceu com o caso de Uribe Vélez. “O Ministério Público não pediu uma medida de garantia, a lei nestes casos não permite, mas as provas tornam-se provas para continuar a investigação até que seja obtida uma condenação”, pode ler-se no boletim desta quinta-feira, 21 de abril.

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