Daniel Passarella está entre os candidatos a liderar uma seleção sul-americana

O ex-presidente da River Plate apresentou um projeto detalhando quais seriam seus objetivos e como sua equipe técnica seria formada

Depois de 15 anos sem dirigir, Daniel Alberto Passarella poderia voltar ao cargo de diretor técnico e nada menos do que o chefe de uma seleção sul-americana. Como aconteceu nas últimas horas, o ex-presidente da River Plate apresentou um projeto detalhando como e com quem buscará se classificar para a Copa do Mundo de 2026.

A informação foi publicada pelo jornalista Alex Cabo, que teve acesso a documentos atualmente em posse dos líderes da Federação Boliviana de Futebol (FBF). São eles que têm entre seus candidatos o ex-capitão da seleção argentina, cujo projeto visa transformar a equipe boliviana em uma potência continental.

Passarella não dirige desde 2007, quando atuou como treinador do Milionário. Ele então se concentrou em sua carreira política dentro do clube que presidiu entre 2009 e 2013, com o rebaixamento da equipe em 2011 para o National Primera B. Desde então, ele se manteve longe do futebol profissional, mas agora ele pode voltar.

Nos documentos publicados, é revelado que ele seria acompanhado por Guillermo Cinquetti, ex-preparador físico de Miguel Ángel Russo por mais de 18 anos. Além disso, ele chegaria com uma equipe médica que inclui fisioterapeuta, psicólogo esportivo e nutricionista.

Seu principal objetivo seria qualificar a Bolívia para a Copa do Mundo de 2026, competição para a qual a Conmebol terá cinco ingressos diretos e um para a repescagem, já que esse torneio terá 48 participantes, 12 a mais que o do Qatar 2022. Além disso, Passarella procuraria chegar às quartas de final da Copa América de 2024 e impulsionar as equipes juvenis.

Apesar de sua longa inatividade, o Kaiser sabe como é liderar uma seleção nacional, já que esteve no comando da Argentina entre 1994 e 1998, e também teve uma breve visita à equipe uruguaia entre 1998 e 2001. Uma de suas frases mais famosas foi dita justamente quando era treinador do Albiceleste e em 1996 perdeu por 2 a 0 contra o Equador no auge de Quito: “A bola não dobra”, argumentou sobre a impossibilidade de marcar um gol naquele dia. Será necessário ver como isso desafia a física em La Paz.

A Bolívia terminou em nono lugar nas eliminatórias rumo ao Catar com apenas 15 pontos em 18 jogos. A última vez que ele venceu um jogo oficial fora de casa foi em 1993 contra a Venezuela por 7-1, no feito que terminou com a equipe qualificada para a Copa do Mundo dos Estados Unidos. Na fase de grupos desse torneio, ele marcou apenas um ponto ao empatar com a Coreia do Sul sem gols e perder por 1 a 0 para a Alemanha e por 3 a 1 para a Espanha.

Por outro lado, Passarella não é a única argentina no portfólio a assumir uma equipe sul-americana. Além de José Pekerman na Venezuela, Gustavo Alfaro no Equador e Ricardo Gareca no Perú, A Colômbia está animada com a contratação de Marcelo Bielsa, após a saída de Reinaldo Rueda.

CONTINUE LENDO: