O Ministério da Saúde ordenou que, a partir de 1º de maio, o uso de máscarasb em espaços abertos não seja mais obrigatório. Após dois anos de pandemia, isso é um indício de que pouco a pouco o país está voltando ao normal. Esses cinco pontos-chave do uso opcional de máscaras nos ajudarão a entender melhor como esse regulamento será aplicado.
1. Existem condições para que o uso de máscaras seja opcional na minha região?
Segundo César Munayco, diretor executivo de Vigilância em Saúde Pública do Centro Nacional de Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças de Minsa, foi decidido que o uso de máscaras não será mais obrigatório apenas em regiões onde duas condições sejam atendidas: que 80% das pessoas com mais de 60 anos anos de idade têm a idade de 3 doses da vacina COVID-19, e que 80% da população com mais de 12 anos tem as duas doses.
Deve-se enfatizar que, até o momento, as únicas regiões que atendem a esses requisitos são a região metropolitana de Lima, as províncias de Lima, Callao, Ica e Áncash.
2. Essa nova medida tem alguma restrição?
Segundo o especialista, essa nova medida anunciada pela Minsa não tem restrições. Isso porque eles argumentam que cada pessoa é livre para escolher se deve usar a máscara ou não em um espaço ao ar livre. No entanto, recomendou à população que certos grupos continuem a usar máscaras, por exemplo, para pacientes com câncer ou pacientes com outras doenças graves.
É importante que a população avalie as condições e em quais situações se sente confortável ou sente que é necessário usar máscara, uma vez que a pandemia de COVID-19 ainda não acabou.
3. O distanciamento social ainda é obrigatório?
Sim, o distanciamento social ainda é uma medida nacional obrigatória.
4. Essa nova declaração poderia ter efeitos negativos no país?
Há informações de que a transmissão da COVID-19 em espaços abertos não é tão acelerada quanto seria em espaços fechados. No entanto, para Óscar Gayoso, pneumologista do Hospital Cayetano Heredia, ainda existe a possibilidade de que o cancelamento do uso obrigatório de máscaras possa resultar em aumento de casos. Ele também destacou que o sistema nacional de saúde não é tão robusto a ponto de ser capaz de lidar com esse aumento.
Esta é uma posição também compartilhada pela Faculdade de Medicina do Perú, cujo reitor, Raúl Urquizo, disse ser contra essa medida. Por outro lado, Oscar Ugarte, ex-ministro da Saúde, disse estar muito preocupado que um dos requisitos para o levantamento da natureza obrigatória das máscaras seja a aplicação da segunda dose. Segundo o especialista, duas doses da vacina não fornecem proteção suficiente para as pessoas.
5. A medida pode mudar?
Sim. Conforme anunciado durante a conferência de imprensa do Conselho de Ministros, esta nova medida está sujeita ao ambiente epidemiológico que surge, no que diz respeito à redução de casos ou mortes por COVID-19. Isso significa, de acordo com Munayco, que se após a implementação dos regulamentos o quadro mudar e houver um aumento nas infecções, a norma poderá ser alterada.
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