O presidente Andrés Manuel López Obrador confirmou que participará da Cúpula das Américas, em junho, em Los Angeles, para responder ao convite de seu homólogo Joe Biden.
“Ainda não tenho a data exata. Sei que vai ser realizado em Los Angeles, na Califórnia, em junho e vou participar”, disse o executivo mexicano quando questionado se teria uma reunião pessoal com o presidente norte-americano.
Este seria o segundo encontro cara a cara entre Andrés Manuel López Obrador e Joe Biden, depois de apenas em novembro de 2021 terem se encontrado em Washington com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
Desde que Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2020, eles não tiveram uma reunião bilateral exclusiva e, se estivessem em Los Angeles, será novamente no âmbito de uma cúpula regional.
Até o momento, a comunicação entre eles ocorreu principalmente por telefonemas ou videoconferências, apesar dos convites mútuos lançados por ambos os líderes.
Em julho de 2020, López Obrador viajou à capital dos Estados Unidos para se encontrar na Casa Branca com o então presidente Donald Trump, que destacou sua amizade com o Tabasqueño.
Na quinta-feira Marcelo Ebrard, secretário de Relações Exteriores (SRE) anunciou a possível participação do presidente mexicano na Cúpula das Américas, para a qual o governo dos Estados Unidos chamou os líderes do continente que foram “democraticamente eleitos”.
Mas antes da reunião de líderes no estado da Califórnia, o Tabasqueño destacou que fará uma turnê pela América Central e Caribe, e a partir de 5 de maio de 2022, na qual visitará Guatemala, El Salvador, Honduras, Belize e Cuba.
Nesta sexta-feira, o Executivo mexicano se reunirá novamente com o embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, após este ter sido um visitante regular do Palácio Nacional para discutir os impactos que a política energética atualmente sendo promovida pela administração da Quarta Transformação.
Desde a reunião da Casa Branca em novembro passado, altos funcionários do gabinete de Joe Biden viajaram ao México para realizar reuniões de alto nível sobre migração, segurança e investimento, uma situação em que surgiram alguns desentendimentos, como quando o Tabasqueño negou a versão de John Kerry de uma comissão para acompanhar a reforma energética que foi finalmente paralisada na Câmara dos Deputados do nosso país.
Apesar das diferenças expressas publicamente nas últimas semanas, o chefe do executivo mexicano garantiu que o relacionamento com os Estados Unidos está em condições muito boas.
A Cúpula das Américas reúne os Chefes de Governo dos Estados Membros do Hemisfério para discutir questões políticas compartilhadas, afirmar valores comuns, como liberdade de expressão e democracia, e comprometer-se com ações nacionais e regionais para enfrentar os desafios presentes e futuros enfrentados pelo países das Américas.
A principal preocupação nesta cúpula é a presença de governos autoritários na região, que violaram valores democráticos como o caso da Venezuela e da Nicarágua, onde líderes da oposição sofreram perseguição política e judicial nas mãos do Estado.
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