A Ucrânia atribuiu a suspensão de corredores humanitários a complicações russas

A vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereschuk, explicou que cidades como Mariupol e Kherson atrasaram a saída de ônibus com civis devido à quebra de acordos das tropas do Kremlin.

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IMAGEN DE ARCHIVO. El residente local Alexei Ovcharenko, de 75 años, se sienta en un banco frente a un edificio residencial gravemente dañado durante el conflicto entre Ucrania y Rusia en la ciudad portuaria sureña de Mariúpol, Ucrania, el 21 de abril de 2022. REUTERS/Alexander Ermochenko
IMAGEN DE ARCHIVO. El residente local Alexei Ovcharenko, de 75 años, se sienta en un banco frente a un edificio residencial gravemente dañado durante el conflicto entre Ucrania y Rusia en la ciudad portuaria sureña de Mariúpol, Ucrania, el 21 de abril de 2022. REUTERS/Alexander Ermochenko

A evacuação de civis é “muito lenta” na cidade sitiada de Mariupol e não foi possível montar três corredores humanitários na região de Kherson, na Ucrânia, segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereschuk.

“Não há nada a destacar em Mariupol. Tudo está indo muito devagar. Do lado russo, tudo é muito complicado, caótico, lento e, claro, desonesto”, lamentou Vereschuk em comunicado em sua conta no Facebook.

Assim, ele ressaltou que o fato de que “ontem pela primeira vez as pessoas foram de Mariupol para Zaporizhzhia diretamente (estes são os quatro ônibus que saíram de Mariupol ontem) dá esperança”.

A esse respeito, ele pediu desculpas aos habitantes de Mariupol que esperaram na quinta-feira para serem evacuados. “O atentado começou perto do ponto de coleta, o que obrigou o corredor humanitário a ser fechado”, explicou.

Infobae

Na região de Kherson, três corredores humanitários também não estavam habilitados: “os ocupantes não pararam o incêndio, então os corredores não puderam ser abertos”, disse Vereschuk no comunicado.

Ele também denunciou que um “senhor da guerra” tomou como refém o representante de Novovorontsovska, nomeado chefe dos transportes públicos em nível estadual, para a troca de prisioneiros enquanto mantinha conversações com o Exército russo para organizar corredores humanitários.

“Este foi um erro pelo qual não só o réu especificado será responsável, mas também aqueles que permitem a captura de nossos civis para trocar russos por prisioneiros de guerra”, disse.

REFUGIADOS

Os ucranianos que deixaram suas casas como resultado da invasão russa somam 12,7 milhões, incluindo 5 milhões de refugiados em outros países e 7,7 milhões de deslocados internos em solo ucraniano, conforme relatado na quinta-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) elevou hoje o número de deslocados internos para 7,7 milhões, 600.000 a mais do que em sua estimativa anterior em 1º de abril, enquanto a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) colocou o número de refugiados em 5,08 milhões, 50.000 a mais do que na quarta-feira.

Os números assumem que um sexto da população ucraniana está deslocada internamente e mais de um décimo de refugiados em outros países, um êxodo que não era conhecido no continente europeu desde o final da Segunda Guerra Mundial.

De acordo com a OIM, pelo menos 60 por cento das pessoas deslocadas internamente na Ucrânia são mulheres e mais da metade desse grupo, especialmente no leste do país, indicaram que têm problemas para encontrar comida.

A obtenção de dinheiro é a principal preocupação dessas pessoas deslocadas internamente, seguido pelo acesso a medicamentos e equipamentos médicos, de acordo com o estudo da IOM.

“Um cessar-fogo humanitário é crucial para permitir a entrega de ajuda e o acesso a comunidades que agora são de difícil acesso”, disse o diretor-geral da OIM, António Vitorino, em comunicado.

(Com informações da Europa Press)

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