Uso voluntário de máscaras no Perú: perguntas e respostas à medida anunciada pelo Executivo

César Munayco, porta-voz da Minsa, anunciou maior alcance nos regulamentos que deixarão as máscaras de lado em algumas áreas do Perú. Aqui estão todos os detalhes.

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The mid adult woman adjusts
The mid adult woman adjusts her N95 mask on her face while she stands outside the empty school.

O chefe do Gabinete Ministerial, Aníbal Torres, anunciou na última quarta-feira que o uso de máscaras em locais abertos ao público não será mais obrigatório sob certos parâmetros. Essa medida é dada a redução de casos de COVID-19. Lembre-se de que esse acessório se tornou obrigatório desde março de 2020, há mais de dois anos.

Diante do grande número de dúvidas geradas por esta notícia, César Munayco, diretor de vigilância em saúde pública do Centro Nacional de Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (CDC) de Minsa, respondeu a uma série de perguntas.

Desde quando será possível deixar de usar máscaras?

O uso opcional de máscaras em espaços abertos será a partir de 1º de maio, “porque devemos lembrar que temos um decreto em vigor que expira neste final do mês (abril) e que será substituído pelo próximo decreto. Tem que acabar (a regra atual) para que essa nova medida seja implementada”, explicou.

Em quais lugares o uso da máscara será voluntário?

Existem quatro regiões que permitirão que esta regra seja aplicada por enquanto: Ica, Lima Metropolitana e Província de Lima, Áncash e Callao. Esses são os locais que atendem aos critérios estabelecidos pela Minsa para tornar o uso de máscaras opcional.

Quais são os requisitos para uma região ser elegível para o uso voluntário de máscaras?

Como explica Munayco, dois critérios foram usados. A primeira é a vacinação em idosos, que deve atingir cobertura com terceiras doses acima de 80%. E o outro critério é em crianças menores de 12 anos, que devem ter 80% de cobertura com a segunda dose. As regiões acima mencionadas atendem a esses critérios.

Em quais lugares você pode parar de usar máscaras?

Essa regra se aplica a espaços abertos. Embora Minsa publique em detalhes no Decreto Supremo o que é um espaço aberto, Munayco disse que são áreas como a rua ou o parque, onde o risco de infecção é muito menor.

E se meu distrito tiver uma taxa de vacinação superior a 80%?

Munayco esclarece que a segmentação é feita em nível regional para implementar esse padrão. Ou seja, não se considera se um distrito ou anexo tem uma boa taxa de vacinação, mas sim a porcentagem de toda a região é levada em consideração.

“É por isso que é importante que, a nível regional, sejam feitos progressos com a cobertura vacinal, para preencher a lacuna que temos em adultos e crianças que não foram vacinados”, disse Munayco.

Em que outras regiões essa medida pode ser aplicada?

Existem várias regiões que estão perto de atingir a porcentagem desejada. Dentro dessas regiões estão Tumbes, Piura, La Libertad, Moquegua, Arequipa, Pasco, Lambayeque, Apurimac, Junín, Cusco e Cajamarca. “Eles não têm um pouco de cobertura nas crianças. Em alguns casos, 2% ou até 1%. É importante que estratégias sejam realizadas para atender a esses limites”, disse o especialista.

Que outras medidas são deixadas de fora desse padrão?

Não. As medidas para entrar em locais públicos continuam, como apresentar um cartão de vacinação para entrar em locais públicos.

Perguntas e respostas sobre o uso voluntário da máscara VIDEO: Canal N

ESTRATÉGIAS DE AVANÇO

Munayco explicou que o progresso está sendo feito progressivamente, a fim de incentivar as regiões a ter uma cobertura ideal e ser capaz de melhorar os números.

Nesse sentido, ele comentou que existem várias estratégias da Minsa, como ir vacinar casa por casa, aos mercados ou no transporte. “É importante ter em mente que temos que chegar ao normal. Essas medidas são baseadas no cenário em que vivemos”, disse.

Ele indicou que estudos estão sendo feitos sobre por que as pessoas não querem ser vacinadas com terceiras doses e esses estudos gerarão novas intervenções para poder tentar cobrir e obter a cobertura de que precisamos.

Ele enfatizou que quanto mais peruanos de diferentes faixas etárias forem vacinados, mais seguros estaremos e haverá uma resposta melhor do que pode acontecer mais tarde. “Vamos lembrar que a pandemia não acabou.”

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