O polêmico deputado do Partido Trabalhista (PT), Gerardo Fernández Noroña, atacou deputados da oposição que rejeitaram a Reforma Elétrica do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO).
Por meio de sua conta oficial no Twitter, o leal aliado da Morencia Regeneración Nacional (Morena) questionou a inconveniência dos legisladores da coalizão Va por México - formada pela Ação Nacional (PAN), a Revolução Democrática (PRD) e a Institucional Revolucionária (PRI) partidos - de serem chamados de “traidores da pátria”.
Na mensagem, a petista lembrou que no final da votação do projeto presidencial e quando a iniciativa não passou, a oposição comemorou “como se tivesse vencido uma copa do mundo de futebol”, mas agora que eles os exibem por seu “triunfo”, eles ficam chateados.
Deve-se notar que este não foi o único comentário feito pelo apoiador da AMLO contra os legisladores que não votaram a favor da iniciativa de Morena, já que em 20 abril, Noroña os descreveu como classistas, racistas e traidores do povo.
Em uma breve descrição que fez em sua rede social, acrescentou que os deputados do Va por México são “promotores da oligarquia nacional e estrangeira, saqueadores, homofóbicos e misóginos” que se escondem alegando que “pensam diferente”.
Em outra mensagem, o petista questionou a oposição por incomodar a divulgação de sua fotografia, nome e partido daqueles que votaram contra o projeto.
Pouco depois da Reforma da Eletricidade não ter conseguido votos suficientes para passar, o líder nacional do partido da cereja, Mario Delgado Carrillo, anunciou que instalará varais com fotografias e nomes de “traidores do país” em praças públicas do país.
“Queremos que as pessoas vejam os rostos, os rostos dos traidores, para que nunca esqueçamos quem virou as costas ao povo, que virou as costas aos nossos filhos, que virou as costas aos nossos netos, que desonrou tantos séculos de história que temos como nação, que temos como pátria”, ele disse.
Segundo o Morenista, os legisladores que querem entregar o controle de setores como a energia às transnacionais representam “claramente” o que é um traidor do país, por isso devem ser chamados de acordo com sua lealdade.
“A lealdade ao país é indispensável. Nosso hino diz: 'mas se atreva a um estranho inimigo, um soldado em cada filho lhe deu”. Nossa vida como nação soberana depende do controle de setores como a energia. Dar para estrangeiros não é pensar diferente, é TRAIÇÃO”, disse o líder do partido da cereja em comunicado.
Por fim, Mario Delgado ressaltou que o México é um país democrático de liberdades, no qual o direito de pensar diferente é respeitado, no entanto, destacou que “agir contra a pátria é chamado de traição e isso foi avisado pelo presidente Adolfo López Mateos em 1960″, ao nacionalizar o indústria de eletricidade.
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