A Grã-Bretanha anunciou na quinta-feira novas sanções contra os chefes do exército russo, que foram condenados pelo ministro das Relações Exteriores do Reino Unido por terem sangue ucraniano nas mãos.
O Ministério das Relações Exteriores anunciou uma série de sanções contra “generais que cometem atrocidades na linha de frente, bem como indivíduos e empresas” que apoiam o exército do presidente Vladimir Putin.
A secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, tuitou que as sanções eram para “aqueles com sangue ucraniano nas mãos”.
O governo do Reino Unido concluiu que o bombardeio russo de infraestrutura civil é um “ataque intencional”, disse o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
Entre os que estão na lista negra está o tenente-coronel Azatbek Omurbekov, supostamente chefe de uma unidade militar russa que cometeu supostos crimes de guerra na cidade de Bucha, perto de Kiev. Ele foi apelidado de “o açougueiro de Bucha” pela mídia de língua inglesa.
Três generais também estão sendo alvos, bem como o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, de acordo com uma lista atualizada no site do governo.
O Ministro Interino de Situações de Emergência, Alexander Chupriyan, também é adicionado.
As organizações adicionadas à lista negra incluem a empresa de armas Kalashnikov, famosa por produzir o AK-47. O Reino Unido disse que as tropas russas usaram suas armas na Ucrânia.
O Reino Unido também impôs sanções ao monopólio da Russian Railways e ao seu diretor executivo, Oleg Belozyorov, chamando-a de “facilitador-chave para o transporte de equipamento militar russo”.
Separadamente, o governo do Reino Unido anunciou novas sanções comerciais, incluindo proibições de importação de prata russa, produtos de madeira e caviar.
O ministro das Finanças, Rishi Sunak, disse que as novas medidas visavam “impor mais dor econômica à economia de Putin por seus ataques bárbaros e injustificados a uma nação soberana”.
Por seu lado, ontem os Estados Unidos anunciaram uma nova bateria de sanções contra uma rede de 40 indivíduos e empresas, liderada pelo oligarca russo Konstantin Malofeyev, que supostamente está ajudando a Rússia a evitar sanções ocidentais para a guerra na Ucrânia.
Uma das entidades que ajuda a evitar sanções é a Agência Internacional para o Desenvolvimento Soberano, com sede em Moscou, que afirma que seu objetivo é aconselhar os países africanos e asiáticos sobre como reestruturar sua dívida, embora na verdade se dedique a ajudar empresas russas sancionadas a buscar negócios no exterior, de acordo com o Tesouro.
Outra das empresas sancionadas é a Tsargrad, um instrumento de propaganda russa que Malopheyev supostamente usa para atuar como intermediário entre o Kremlin e políticos pró-russos na Europa.
Tsargrad recentemente se comprometeu a doar mais de US $10 milhões ao governo russo para a guerra na Ucrânia, disse o Tesouro em sua nota.
Entre os sancionados está também o banco russo Transkapitalbank, cujos representantes prestam serviços a vários bancos na Ásia que sugeriram opções para evitar sanções internacionais.
Em particular, o Transcapitalbank disponibilizou ao Kremlin um sistema chamado “TKB Business”, que visa ser uma alternativa ao SWIFT.
(Com informações da AFP e da EFE)
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