“Os limites da Colômbia só podem ser modificados por meio de tratados internacionais ratificados pelo Congresso”: Duque

O presidente da Colômbia referiu-se à decisão da Corte Internacional de Justiça (TIJ) em Haia, que será ouvida esta quinta-feira sobre o processo que o país enfrenta com a Nicarágua por território marítimo.

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El presidente de Colombia, Iván Duque, en una fotografía de archivo. EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda
El presidente de Colombia, Iván Duque, en una fotografía de archivo. EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda

Nesta quarta-feira, 20 de abril, o presidente Iván Duque se referiu à decisão que será emitida pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia sobre o processo que a Colômbia vem enfrentando há vários anos com a Nicarágua sobre a soberania sobre o território marítimo nas proximidades do arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina.

O presidente, que está planejando uma visita a esta região do Caribe colombiano, severamente afetada pelo furacão Iota, para entregar algumas obras que foram adiadas, garantiu que essa decisão seria aplicada enquanto um tratado for feito com a nação centro-americana, conforme estabelecido pela Constituição.

“Nossa Constituição é muito clara, ela define no artigo 101 que os limites da Colômbia só podem ser modificados por meio de tratados internacionais ratificados pelo Congresso. E algo muito importante, houve um pronunciamento do Tribunal Constitucional em 2014 que também indicava que esse eixo axial da territorialidade é reconhecido pela primeira vez e que os limites só são modificáveis por tratados”, disse o chefe de Estado.

A este respeito, ele observou que, neste caso em que o país está localizado, o interesse em defender o arquipélago de San Andrés, que sofreu o impacto de dois desastres naturais, tornou-se claro, bem como os direitos da comunidade Raizal, ou seja, os habitantes deste departamento que têm historicamente ausente do Estado,

Ele também garantiu que, na defesa dos interesses do país, da soberania e dos direitos da população Raizal, não há distinção nas cores políticas ou nos interesses partidários e, ao mesmo tempo, emitiu um convite à unidade diante dessa decisão, que será determinada pelos 17 juízes. que compõem o Tribunal no processo mais longo que já teve do que enfrentar o tribunal internacional após os três processos movidos pela Nicarágua.

“Acho que está claro o que a Corte Internacional de Justiça disse e o que dissemos como política de Estado. Acho que o mais importante agora é que temos esse princípio de unidade nacional para a defesa deste arquipélago histórico e indivisível, a unidade nacional para a proteção de nossas comunidades de raiz e o mais importante é que não haja cores políticas”, disse o presidente Iván. Duque.

Deve-se notar que desde 2013 a Colômbia contratou uma equipe de advogados com quem tem enfrentado o processo internacional. As taxas que o país pagou aos profissionais que lideram este caso chegam a quase nove bilhões de pesos. O par que lidera a equipe de defesa ganha uma média de 43 milhões de pesos por mês desde 2013, isso seria 8,7 bilhões no total.

Embora a equipe de defesa da Colômbia em Haia seja liderada pelo ex-juiz do Conselho de Estado Carlos Gustavo Arrieta e pelo ex-procurador-geral Manuel José Cepeda Espinosa, outros seis advogados especializados em Direito Internacional Público também participam.

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