O que está acontecendo com palmeras no CDMX

Desde 2011, as palmeiras na Cidade do México enfrentaram várias complicações biológicas que levaram à sua morte.

Existem várias palmeiras que adornam as paisagens da Cidade do México e dão um toque tropical e fresco à capital, no entanto, o Ministério do Meio Ambiente (SEDEMA) informa que desde 2011 houve um aumento nos registros de mortalidade desses espécimes.

Entre os fatores que levaram à sua deterioração estão os efeitos de pragas e doenças que aumentaram com o tempo. A SEDEMA explica que a causa desse problema se deve ao fato de que “seu habitat adequado está entre 10 e 500 metros acima do nível do mar e a capital está 2.400 metros acima do nível do mar. A esse fator, adicionamos a idade média de 80 anos que eles apresentam”.

Da mesma forma, graças a estudos iniciados em 2015 e concluídos em 2019, especialistas da Faculdade de Pós-Graduação da Universidade Autônoma de Chihuahua (UAch) detectaram a presença de seis fungos e duas bactérias, do total “sete estão localizados no solo e um fungo nas folhas das palmeiras afetadas”, um situação que causa a morte deles.

Por esse motivo, o Governo da Cidade do México implementou o Programa de Saneamento de Árvores e Palmeiras da Cidade do México, o objetivo é resgatar todas as árvores que ainda podem sobreviver. Foi anunciado que haverá um investimento de 60 milhões de pesos para a primeira etapa, que também inclui a poda sanitária de 20.000 árvores, 12.000 palmeiras e a substituição de 5.000 árvores.

Embora vários esforços estejam sendo feitos para impedir a descida das palmeiras, em alguns casos foi necessário optar por removê-las e substituí-las por outra espécie. Foi o caso da palmeira emblemática que adorna o Paseo de la Reforma e está localizada precisamente na Glorieta de la Palma.

O anúncio foi feito por Claudia Sheinbaum, Chefe do Governo, que compartilhou: “Este domingo prestaremos homenagem a La Palma, que por mais de 100 anos esteve no Paseo de la Reforma. Em seu lugar, consultaremos os cidadãos se plantamos jacarandá, ceiba, freixo, ahuehuete, grevilia ou alguma outra espécie; bem como o nome do mirante”.

Além disso, Carlos Fredy Ortiz García, coordenador do PhD em Ciências Agrárias Tropicais da Escola de Pós-Graduação Tabasco, enfatizou: “Considerando a magnitude do caule (madeira da árvore sem considerar a casca), a falta de conhecimento do dano físico que tem e dada a magnitude, é necessário remover a palma da mão para garantir o bem-estar da cidadania”.

Por outro lado, a chefe da Secretaria de Meio Ambiente do CDMX, Mariana Robles García, comentou que o ser vivo foi vítima de um fungo que já havia sido tentado curar no passado, mas apesar das tentativas de especialistas para resgatá-lo “a recomendação dos especialistas é remover a cópia do Glorieta de la Palma e procure um substituto”.

Este é apenas um dos muitos casos ocorridos na capital, pois em áreas como a Avenida de Las Palmas 27 palmeiras secas tiveram que ser removidas. A SEDEMA anunciou que da mesma forma “foram abertas 64 vinhas para o plantio de 25 palmeiras da espécie Phoenix canariensis e foram colocadas palmeiras Washingtonia robusta, que são mais resistentes a fungos e bactérias”.

Outra ação que está sendo realizada é colocar microorganismos nas folhas das plantas que ajudam a combater fungos e bactérias que possivelmente os afetam. No entanto, é importante ressaltar que foi relatado que a introdução de espécies nativas, adequadas para cada tipo de solo, está sendo priorizada, para que esse tipo de circunstância possa ser evitado.

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