O prefeito eleito de Ixtaczoquitlán do estado de Veracruz, Patricio Alejandro “N”, conhecido como o “Munra”, estava ligado à acusação pelo suposto crime de assassinato qualificado malicioso.
O prefeito do partido Movimiento Ciudadano (MC) foi preso em meados de abril por seu suposto envolvimento no assassinato do jornalista Jacinto Romero Flores, que foi morto a tiros em 2021.
De acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral do Estado de Veracruz (FGE), o link foi resultado da continuação da audiência inicial, onde foram apresentadas provas suficientes. Posteriormente, o juiz de julgamento e processo penal oral do distrito judicial de Xalapa, com sede em Pacho Viejo, concedeu a associação do detido.
Da mesma forma, o juiz de primeira instância impôs uma medida cautelar de prisão preventiva informal por um ano e três meses de investigação adicional.
Patricio Alejandro é a quarta pessoa presa pelo assassinato do jornalista, que foi baleado em seu carro quando saiu do caminho para atender alguém, quando foi interceptado por pessoas armadas.
Entre os presos estão Casto “N”, Ana Laura “N” e Roberto Trinidad de la Cruz, que também foi presidente do município pelo partido Morena. Os três também estavam ligados ao julgamento e permanecem na prisão de segurança média de La Toma, em Amatlán de los Reyes.
Deve-se notar que Munra foi identificado como um dos principais geradores de violência, além de ter supostos vínculos com grupos do crime organizado como Los Zetas e atualmente com o Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG), segundo a mídia local de Veracruz.
Também na tarde de quarta-feira, familiares e amigos do prefeito eleito se manifestaram fora das instalações da prisão de Pacho Viejo, exigindo a libertação de Patricio Alejandro, que argumentou que eles acusam o funcionário de um crime que ele não cometeu.
Eles compareceram com banners e cartazes com mensagens de apoio a favor do funcionário, como “Exigimos justiça para Patrício!!!” ou “Queremos liberdade para Patricio”, entre outros.
Jacinto Romero Flores foi morto em 19 de agosto de 2021 enquanto dirigia seu carro no município de Ixtaczoquitlán, Veracruz. Ele foi o locutor do Ori Sterero e do programa Radio Ixtac Online.
Ele foi encontrado dentro de sua unidade vermelha com placas de “imprensa”. Germán Romero, filho do jornalista, também afirmou que dias antes do assassinato, ele havia recebido ameaças por causa de seu trabalho jornalístico.
Diante do assassinato, o governador do Estado de Veracruz, Cuitlahuac García Jimenez, condenou o crime e declarou que o assassinato não ficaria impune.
“Reiteramos que eles não terão permissão para tentar intimidar a população, e em particular, muito menos jornalistas, então qualquer tentativa nesse sentido não ficará impune”, escreveu o governador em sua conta no Facebook no dia do assassinato.
Posteriormente, o Escritório no México do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (UN-DH) apontou que o crime foi evidências do contexto de vulnerabilidade e risco em que os jornalistas mexicanos trabalham.
E exigiram que o assassinato fosse investigado minuciosamente e que as linhas de investigação relevantes fossem esgotadas, incluindo a possível relação de seu trabalho jornalístico.
CONTINUE LENDO: