Greve agrária: Manifestantes atacam enfermeira tentando chegar ao Hospital Regional de Ayacucho

O Gabinete do Provedor de Justiça lamentou o facto e exigiu que fosse feita uma “prisão imediata dos responsáveis”.

Em diferentes regiões do Perú, várias associações de agricultores observaram uma greve de 24 horas em protesto contra a parada do preço dos fertilizantes, o custo de vida, entre outras reivindicações.

Assim, desde a meia-noite, as principais estradas de acesso a Puno, Áncash, Ayacucho, Satipo, Arequipa e Ayacucho foram bloqueadas, o que gerou vários ataques por parte dos manifestantes na greve agrária contra cidadãos que tentaram viajar nessas estradas.

Nesse sentido, foi relatado que uma enfermeira foi chicoteada por tentar chegar ao seu local de trabalho no Hospital Regional de Ayacucho. Presume-se que a pessoa responsável pela queixa seria um dos manifestantes.

Diante disso, o Gabinete do Provedor de Justiça se manifestou para lamentar as ações tomadas por alguns sindicatos e exigir o captura imediata do agressor pela Polícia Nacional Peruana.

Ele também relatou que os pacientes, que estavam a caminho do hospital para receber seu tratamento de diálise, também foram violados por manifestantes.

“Diante do ataque ao pessoal de saúde do Hospital Regional, por manifestantes #ParoAgrario, exigimos a prisão imediata dos responsáveis. Pacientes para diálise e/ou tratamento foram agredidos e não podem voltar para casa”, lê-se na conta do Provedor de Justiça no Twitter.

“Exigimos que o Ministério Público intervenha imediatamente para garantir que os serviços de saúde não parem de responder como resultado dos protestos. Lamentamos que os líderes agrários não tenham cumprido os acordos feitos para garantir um protesto pacífico e livre de violência”, disse.

O QUE OS AGRICULTORES EXIGEM

Entre as demandas específicas dos agricultores de cada região, o governo Pedro Castillo é obrigado a garantir a disponibilidade de fertilizantes para sua guilda, como eles pediram semanas atrás em Huancayo.

De acordo com suas alegações, o alto preço disso, devido à situação global, pode acabar afetando a produção e com ela a oferta de alimentos em nível nacional.

“No ano passado, 30 de novembro, trabalhamos com um fundo de S/120 milhões de solas para subsidiar a compra de fertilizantes, o que garantiria a campanha de seis meses. Já se passaram mais de 4 meses e não há absolutamente nada”, disse Clímaco Cardenas, presidente da Conveagro.

Ele também se referiu à Segunda Reforma Agrária, proposta por Pedro Castillo, que também despertou descontentamento entre os agricultores de Cusco, que encenaram uma greve de dois dias na região e paralisaram o turismo. Atualmente, uma mesa de diálogo está sendo construída na região, se eles não receberem uma resposta satisfatória, retomarão a medida de força na terça-feira, 26 de abril.

“Nós nos reunimos com funcionários do Ministério da Economia e Finanças, com funcionários do MIDAGRI, a gestão mudou, eles apresentam uma Segunda Lei de Reforma Agrária que não faz nenhum sentido. Estas são as decisões que (eles estão tendo e não dão) uma solução para o que os agricultores estão reivindicando na costa, montanhas e selva. Precisamos de fertilizantes”, disse Cardenas.

Da mesma forma, ele se referiu ao orçamento alocado para o setor, que ele disse representar 0,07% do PIB. As guildas estariam pedindo que aumentasse para 3%. Deve-se notar que alguns dos manifestantes também foram registrados para exigir o fechamento do Congresso da República e exigir uma nova Constituição.

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