A extradição do ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández para os Estados Unidos começou nesta quinta-feira com sua transferência algemada para a Base Aérea Hernán Acosta Mejia, ao sul de Tegucigalpa, de onde será levado em um avião para Nova York, para ser julgado por três acusações associadas ao tráfico de drogas.
O helicóptero que levou Hernández à Base Aérea decolou por volta das 11h30 locais (17:30 GMT) de uma unidade especial da Polícia Nacional, onde o ex-governante estava detido desde 15 de fevereiro, quando foi capturado em frente à sua residência, um dia depois que os EUA pediram a Honduras seu provisório detenção com fins de extradição.
Na “Operação Libertação” para extraditar Hernández, sob rigorosas medidas de segurança, participam entre 800 e 1.000 membros da Polícia Nacional, como disse o ministro da Segurança Ramón Sabillón na quinta-feira.
Cinco minutos depois, o helicóptero da FAH chegou à Base Aérea Hernán Acosta Mejía, onde Hernández foi levado para dentro daquela instalação militar. O avião da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) que levará Hernandez chegou à Base Aérea Hernán Acosta Mejia por volta das 12:00 horas locais (18:00 GMT).
Antes de sua transferência, sua esposa, Ana Garcia, divulgou um vídeo em que Hernandez proclama sua inocência: “Sou inocente, fui e estou sendo submetido a um julgamento injusto”.
“A verdade é uma força libertadora quando é revelada. Em minha oração, a de minha família e a de milhares de famílias hondurenhas, para que a verdade seja revelada e prevaleça em meu caso”, disse Hernandez.
Hernández, 53 anos, que governou entre 2014 e 2022, entra para a história hoje como o primeiro ex-presidente do país centro-americano a ser solicitado pelos Estados Unidos e levado em extradição para aquele país, para processá-lo por tráfico de drogas.
Os Estados Unidos acusam Hernandez de três acusações associadas ao tráfico de drogas e ao uso de armas para trazer drogas para aquele país, conforme relatado pela Embaixada dos EUA em Tegucigalpa em 15 de fevereiro.
Em seguida, a legação diplomática indicou em um comunicado que “no total, desde 2004, a conspiração transportou mais de aproximadamente 500.000 quilos de cocaína através de Honduras para os Estados Unidos”.
A primeira acusação contra Hernandez contra os Estados Unidos é por “conspiração para importar uma substância controlada” para aquele país, com o “conhecimento de que tal substância seria importada ilegalmente” para o território dos EUA, “em águas a uma distância de 12 milhas da costa dos Estados Unidos”.
Além disso, ele é acusado de “fabricar, distribuir e possuir com a intenção de distribuir uma substância controlada a bordo de uma aeronave registrada nos Estados Unidos”.
A segunda carga é para “usar ou portar armas de fogo, ou auxiliar e instigar o uso, poder e posse” de “metralhadoras e dispositivos destrutivos”.
A terceira contagem refere-se a uma “conspiração para usar ou portar armas de fogo, incluindo metralhadoras e dispositivos destrutivos, durante e em conexão com, ou possuir armas de fogo, incluindo metralhadoras e dispositivos destrutivos, em apoio à conspiração para importar narcóticos”, de acordo com a acusação dos EUA.
(Com informações da EFE)
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