Assassinatos de pelo menos 6 pessoas da comunidade LGBTI em Medellín seriam relacionados entre si, confirmou o Ministério Público

O promotor garantiu que há coincidências nos assassinatos que provariam que eles estão ligados de alguma forma

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Un hombre agita una bandera LGBTI durante la marcha del orgullo gay el domingo 1 de julio de 2018, en Medellín (Colombia). EFE/Luis Eduardo Noriega A./Archivo
Un hombre agita una bandera LGBTI durante la marcha del orgullo gay el domingo 1 de julio de 2018, en Medellín (Colombia). EFE/Luis Eduardo Noriega A./Archivo

O procurador-geral da Nação, Francisco Barbosa, confirmou que 6 dos 7 casos de homicídio contra a comunidade LGBTIQ+ registrados em Medellín até agora em 2022, estariam diretamente relacionados entre si.

Segundo Barbosa, embora esses crimes tenham sido considerados sistemáticos de acordo com as investigações realizadas, até o momento eles não sabem qual teria sido o papel exato dos autores em cada um desses assassinatos.

Diante desses eventos que estão colocando em risco a vida da comunidade homossexual na capital de Antioquia, o Procurador-Geral pediu às pessoas que sejam responsáveis com aplicativos de namoro móvel, como o Grindr, através dos quais cidadãos pertencentes à população LGBTIQ+procuram um parceiro, para evitar finais trágicos.

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“É necessário que os cidadãos saibam que essas estruturas envolvem assassinos e pessoas ligadas a organizações criminosas que afetam os direitos dos cidadãos”, disse Barbosa ao anunciar que, diante dessa onda de crimes em Medellín, um grupo especial foi criado na cidade para lidar com o agressões contra a comunidade LGBTIQ+.

Por sua vez, a delegada de segurança territorial, Luisa Obando, informou que, diante desses crimes que vêm ocorrendo na cidade de Medellín, foi delegada uma equipe de profissionais composta por médicos forenses, psicólogos e investigadores, que serão responsáveis por esclarecer esses assassinatos e promoção da defesa dos direitos da comunidade homossexual.

De acordo com o promotor Barbosa, até o momento, 50% dos homicídios na comunidade LGBTIQ+ foram esclarecidos na capital de Antioquia, o que representou um aumento em relação a 2021, quando o número era de 24%. Em relação ao esclarecimento dos feminicídios em Medellín, o funcionário disse que 100% foi alcançado, enquanto, em casos de homicídio de mulheres, ele disse que “alcançamos 60% (esclarecimento)”.

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O último crime contra um membro da comunidade LGBTIQ+ em Medellín foi registrado na última quarta-feira, 20 de janeiro. De acordo com as autoridades locais, pela manhã eles encontraram o corpo sem vida de um homem dentro do quarto de uma pensão onde ele morava no bairro Prado Centro, Comuna 10 da capital de Antioquia.

Informações preliminares conhecidas pelo Minuto 30, indicavam que, o homem de aproximadamente 60 anos, aparentemente não era visto há quatro dias. O dono da residência foi quem o encontrou em sua cama, sem sinais vitais e em estado de decomposição, e com travesseiro e cobertor sobre a cabeça.

A Polícia Metropolitana do Vale do Aburrá informou que, por enquanto, continua investigando a morte do membro da comunidade LGBTIQ+ porque, nos primeiros relatos, não foram encontrados sinais de violência. As autoridades também trabalham para identificar o homem, pois quando fizeram o levantamento de seu corpo, ele estava sem documentos.

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