A Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) é uma das instituições educacionais mais importantes do país e também uma das mais reconhecidas. E é que, em várias ocasiões, a UNAM foi elogiada por seu nível educacional, pela preparação com a qual seus alunos se formam e pela pesquisa realizada por sua equipe.
Além disso, grandes figuras da ciência, educação, política e arte estudaram nesta instituição. É por isso que é considerada uma das 100 melhores universidades do mundo, a segunda melhor da América Latina e a mais prestigiada do país.
A história da UNAM, como a conhecemos agora, remonta à época do Profiriato, embora se diga que é o sucessora da Universidade Real e Pontifícia do México, que esteve ativa do século XVI ao XIX século. De fato, quem ordenou que o último fechasse foi o segundo e último imperador no México, Maximiliano de Habsburgo.
Mais tarde, em 1910, o presidente Porfirio Díaz decretou a formação da Universidade Nacional do México, no entanto, a autonomia foi alcançada até 1929.
Na última terça-feira, durante a sua conferência de imprensa matinal, o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), afirmou que não concordava com o lema da UNAM, que é “Para a minha raça o espírito falará”. Isso porque, disse ele, não acredita em raças, mas em culturas.
“Eu nem acredito em corridas, acredito em culturas, admiro o Mestre Vasconcelos, mas não concordo com ele nisso, com o lema da UNAM. Mas, bem, todos podem pensar com absoluta liberdade e é isso que estamos vivenciando agora”, declarou o presidente, que estudou Ciência Política e Administração Pública naquela instituição de ensino.
O lema da UNAM foi criado por José Vasconcelos, e de acordo com o site da UNAM, “revela a vocação humanista com que foi concebida”. Vasconcelos assumiu a reitoria da Universidade em 1920, numa época em que as esperanças da Revolução ainda estavam vivas, havia uma grande fé na pátria e o espírito redentor difundido no meio ambiente.
Vasconcelos, que ficou conhecido como o “Mestre da América”, explicou que “neste slogan significa a convicção de que a nossa raça desenvolverá uma cultura de novas tendências, de essência espiritual e liberrime”, ao apresentar a proposta. “Foi assim que imaginei o brasão universitário que apresentei ao Conselho, grosseiramente e com uma lenda: Para a minha raça o espírito falará, fingindo significar que estávamos acordando de uma longa noite de opressão”, disse.
Na última terça-feira, a UNAM cumpriu a entrega do relatório de sua conta pública à Câmara dos Deputados, e na reunião do protocolo, os legisladores reconheceram a Casa Máxima de Estudos como “uma instituição fundamental para o desenvolvimento do país”.
Na reunião com a Comissão de Vigilância da Câmara, o reitor da UNAM, Enrique Graue Wiechers, disse que “nestes dois anos de pandemia, os alunos foram afetados na forma como aprendem e os professores na forma como ensinam”.
Ele também destacou que em 29 de março, o Conselho Universitário aprovou por unanimidade a conta pública, e detalhou que a maior parte do orçamento para a UNAM é exercido no ensino. “Mais de dois terços das despesas vão para isso, para atender às necessidades de 367.000 estudantes”, disse Graue.
Ele explicou que, graças aos esforços da secretaria administrativa e do conselho de curadores, foi possível cobrir bolsas de conectividade, bem como comprar tablets e computadores para facilitar o trânsito escolar dos alunos, o que finalmente foi alcançado.
Posteriormente, em entrevista, o reitor destacou que os recursos alocados à Universidade são sempre recebidos em tempo hábil, porém, são sempre insuficientes. “É sempre insuficiente para fins educacionais, não só para nós, mas para todas as instituições de ensino superior, mas com o orçamento que temos, conseguimos cumprir satisfatoriamente a tarefa que nos foi dada pela nação”.
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