Policiais da URI de Puente Aranda serão investigados pela fuga de onze detidos

O coronel de la Mebog, Edgar Cárdenas, mencionou que a investigação disciplinar busca esclarecer a suposta responsabilidade dos uniformizados na fuga

Na última segunda-feira, 18 de abril, onze prisioneiros escaparam da Unidade de Reação Imediata (URI) na cidade de Puente Aranda. A Polícia Metropolitana de Bogotá (Mebog) lançou uma operação para recapturar esses prisioneiros e garantiu na terça-feira que abriu uma investigação disciplinar contra os policiais encarregados da URI.

A notícia foi divulgada por meio de um vídeo divulgado pelo Notícias Caracol, no qual foi mostrado como vários presos escalaram uma cerca e escaparam da prisão. A gravação mostrou que um policial está se aproximando do setor na tentativa de prender essas pessoas; no entanto, a maioria já havia conseguido fugir das medidas de segurança.

O coronel de la Mebog, Edgar Cárdenas, em entrevista ao La FM, mencionou que a investigação disciplinar busca esclarecer a suposta responsabilidade dos uniformizados na fuga. “Estamos realizando outras atividades para estabelecer prováveis falhas no serviço”, disse o policial.

O inquérito foi registrado depois que Mebog varreu câmeras e informações dos cidadãos. “Está estabelecido que um veículo poderia estar envolvido e provavelmente pegou algumas pessoas que escaparam da URI de Puente Aranda”, afirmou o coronel.

Cárdenas explicou que na URI de Puente Aranda existem 565 pessoas privadas de liberdade e na capital há um recorde de 3.080 com uma superlotação de 183%. “Trabalhamos diariamente com o Instituto Penitenciário Nacional e Prisional (Inpec) para transferir pessoas para as prisões”, explicou o coronel. “A investigação estabelecerá a suposta falha e responsabilidade no serviço.”

O que se sabe sobre o vazamento

O oficial deu detalhes da fuga dos onze prisioneiros para a mídia de rádio. De acordo com Cardenas, às 6h40 da manhã, os trabalhadores dos serviços gerais levavam o lixo para um local próximo à entrada das celas dos detidos. “Uma pessoa privada de liberdade estava usando o serviço sanitário e quando ele foi reinserido nas celas, cerca de 30 presos estavam atacando o guardião”, disse o coronel.

O oficial uniformizado mencionou que, devido ao número de pessoas na URI, “é possível violar o portão e a capacidade dos guardiões”. Naquele momento, escaparam 12 pessoas que notaram a porta aberta onde o lixo foi retirado, “eles pulam facilmente por cima de uma cerca que estava no local”, acrescentou Cárdenas.

Dos fugitivos, um deles foi recapturado. “Os crimes pelos quais essas pessoas foram detidas são assassinato, tráfico, porte de narcóticos e porte ilegal de armas de fogo”, disse o Coronel de la Mebog. Ele também lembrou que está sendo realizado o processo de realocação para a recaptura, que está a cargo da seção de inteligência e da Polícia Judiciária; enquanto, uma equipe do Ministério Público emitirá mandados de prisão pelo crime de fuga e, assim, os colocará no Cartel dos Mais Procurados.

“Temos uma equipe de guardas policiais que estabeleceram procedimentos para o manuseio de pessoas privadas de liberdade dentro das celas e as atividades realizadas dentro delas, como a contagem diária e o serviço de saúde”, concluiu Cárdenas ao La FM.

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