Ricardo Lorenzetti, Ministro do Supremo Tribunal de Justiça da Nação (CSJN) da Argentina, será declarado “Arauto da Educação e da Justiça Ambiental” pelo Congresso Estadual de Tlaxcala em reconhecimento às suas contribuições ao direito ambiental.
O ministro argentino foi nomeado por Laura Alejandra Ramírez Ortiz, deputada do Partido Aliança Cidadã (PAC) e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia; bem como por Marcela González Castillo, legisladora do Movimento Nacional de Regeneração (Morena), que preside a Comissão de Mídia Meio Ambiente e Recursos Naturais.
O reconhecimento será entregue no próximo sábado, 23 de abril, após a sessão plenária do Congresso de Tlaxcala ter aprovado a proposta com 19 votos a favor e zero contra, com a ausência de seis dos 25 deputados que fazem parte da legislatura.
Os motivos da concessão ao ministro Ricardo Lorenzetti, segundo os legisladores, são suas contribuições para “a realização de uma lei ambiental efetiva”.
“Devemos reconhecer a teoria do direito ambiental apresentada pelo Dr. Ricardo Lorenzetti, que acaba sendo um trabalho esplêndido que tem um apelo acadêmico especial, pois apresenta uma análise realizada por um jurista argentino cujo trabalho foi publicado no México, país onde o A teoria do direito ambiental ainda está em formação”, disse a deputada Laura Alejandra Ramírez Ortiz, explicando os motivos da premiação perante o Congresso.
Os deputados destacaram que as contribuições do ministro argentino para o direito ambiental não têm fronteiras. “De particular relevância são as contribuições de Ricardo Lorenzetti, que não são direcionadas a um determinado país ou região, mas contribuem para o fortalecimento de um direito fundamental de todas as pessoas, como preservar e proteger o meio ambiente”, disse a deputada Marcela González Castillo.
Na mesma linha, Ramírez Ortiz mencionou: “As contribuições do Dr. Ricardo Lorenzetti não têm fronteiras, porque é um bem coletivo que importa e preocupa todas as pessoas, assim como o meio ambiente”.
O deputado do PAC assegurou que “os serviços eminentes” prestados pelo ministro Lorenzetti são “em benefício do bem coletivo que nos assiste Tlaxcaltecs”.
Ricardo Luis Lorenzetti nasceu na cidade de Rafaela, na província de Santa Fé, em 19 de setembro de 1955 e desde 2004 tornou-se ministro do Supremo Tribunal de Justiça da Nação da Argentina, proposto pelo presidente Néstor Kirchner após a renúncia de Adolfo Vázquez.
Advogado e doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Nacional del Litoral, Lorenzetti foi presidente da Corte de janeiro de 2007 a dezembro de 2015.
Desde o início de 2020, é assessor do Instituto Interamericano de Justiça e Sustentabilidade (IIJS), organização sediada em Washington, Estados Unidos. O funcionário se envolveu em questões de ambientalismo e justiça ecológica.
Como Ministro, Jurista e Acadêmico, recebeu três nomeações como Doutor Honoris Causa e distinções nacionais e internacionais, incluindo a distinção “Mérito Acadêmico” pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) em 2004 e o Prêmio da Academia Nacional de Direito e Social Ciências de Buenos Aires; Venera “Ius Ambiens-Lumen Orbis”, concedido pela Liga Mundial de Advogados Ambientais do México.
Da mesma forma, ele é autor de mais de 40 livros sobre questões ambientais e jurídicas, incluindo títulos como Teoria do Direito Ambiental (obra publicada no México), A Arte de Fazer Justiça, Justiça Coletiva, Regras Fundamentais de Direito Privado, Defesa do Consumidor, entre outros; ele também escreveu mais de 300 artigos e deu mais de mil palestras.
Entre suas ações pendentes no Supremo Tribunal estão a adoção do sistema de audiências públicas, a organização da Conferência Nacional de Juízes, que reúne aqueles que chefiam o judiciário nos níveis federal e provincial; a criação da Comissão Nacional de Gestão e a Comissão de Acesso à Justiça; o estabelecimento de relações com os Tribunais do Mercosul, Estados Unidos e Rússia.
Uma de suas sentenças mais importantes foi a do caso “Beatriz Mendoza”, que envolveu uma decisão histórica que obrigou o Estado a responder à situação socioambiental mais grave da Argentina, que afetou diretamente mais de dois milhões de pessoas assentadas ao redor da bacia de Matanza Riachuelo, a mais poluído em toda a Argentina para a atividade industrial.
Na Universidade de Buenos Aires, liderou a Especialização em Direito Ambiental, a especialidade em Direito de Danos e o Programa de Atualização do Código Civil e Comercial.
Sua carreira agora será acompanhada pelo “Arauto da Educação e Justiça Ambiental” do Congresso de Tlaxcala.
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