Equador e Uruguai começaram a analisar um novo acordo comercial

O anúncio foi feito pelo presidente equatoriano Guillermo Lasso, após seu encontro com Luis Lacalle Pou em Montevidéu

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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, reuniu-se com seu homólogo uruguaio, Luis Lacalle Pou, como parte da visita oficial do presidente equatoriano ao Uruguai. Os Chefes de Estado se reuniram na tarde de terça-feira passada na Torre Executiva, localizada na cidade de Montevidéu. Durante a reunião, eles trocaram experiências em diferentes áreas e discutiram a possibilidade de assinar um acordo comercial bilateral.

A visita ao Uruguai fez parte da viagem oficial que Lasso iniciou no último domingo e que teve como primeira parada a Argentina, onde também se reuniu com o presidente Alberto Fernández. Nos dois países, o presidente equatoriano foi acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores Juan Carlos Holguín; pelo ministro da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pescas, Julio José Prado; e pela ministra das Telecomunicações e Sociedade da Informação, Vianna Maíno.

Segundo Lasso, a reunião com o presidente uruguaio foi bem-sucedida: “Tive uma reunião de trabalho muito frutífera com um amigo e aliado do Equador: o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Ambos temos a firme convicção de fortalecer o comércio e a cooperação para o desenvolvimento. Seguiremos esse caminho para a prosperidade de nossos países! ”, disse o presidente em sua conta no Twitter. Uma declaração da Presidência do Equador também destacou que “Equador e Uruguai compartilham valores comuns, como o respeito pelas instituições democráticas, a independência dos poderes do Estado e os direitos humanos”.

Sobre a possibilidade de assinar um acordo comercial, isso seria feito no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), que é o maior grupo de integração da América Latina com treze países membros, incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Perú, Uruguai e Venezuela. Lasso destacou que as economias de ambos os países são complementares, então o Equador vê uma grande oportunidade de exportar bananas para a nação uruguaia e a possibilidade de importar produtos cárneos, entre outros.

Lasso, que também realizou uma reunião na sede da ALADI, informou em sua conta no Twitter que “a importância de criar um mercado comum latino-americano foi acordada”. A política de integração comercial apresentada no discurso do presidente equatoriano foi destacada pelo secretário-geral da ALADI, Sergio Abreu: “A visão do mundo do Equador é de uma abertura importante, incluindo as condições de infraestrutura, telecomunicações e modernidade do Equador”, disse.

Infobae

Entre os temas abordados pelos líderes estavam a gestão de riscos e desastres naturais, o combate à desnutrição infantil, a promoção das micro, pequenas e médias empresas, a transparência e o combate à corrupção.

Como o presidente equatoriano costumava fazer, em sua agenda oficial, ele incluiu uma reunião com empresários uruguaios, a fim de posicionar a política comercial do Equador e expor as vantagens de investir no país andino. Como parte dessas reuniões, Lasso se reuniu com os representantes do Mercado Libre. O CEO desta empresa, Marcos Galperin, anunciou que em junho próximo a empresa abrirá escritórios no Equador: “Sentimo-nos convidados a investir e gerar empregos no país equatoriano; traremos nosso próprio capital para ajudar as pessoas a realizar transações financeiras digitalmente”, disse Galperín, conforme relatado a Presidência da República em um diário oficial.

Entre as atividades realizadas pelo Presidente do Equador no Uruguai estava a colocação de uma oferenda floral no Monumento ao Herói uruguaio, general José Gervasio Artigas.

Guillermo Lasso será um ano como presidente do Equador em 24 de maio. Embora seu governo tenha considerado assinar vários acordos comerciais como parte de sua política de comércio exterior, o governo Lasso enfrenta questões de política interna, como a insegurança, a luta contra o tráfico de drogas, a corrupção nas instituições estatais e a crise de governança em um Legislativo composto por opositores de seu governo.

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