A greve de 48 horas em Cusco gerou milhões de dólares em perdas econômicas . Noventa por cento das atividades produtivas ficaram completamente paralisadas, prejudicando diversos setores, como turismo, gastronomia, mineração, petróleo, entre outros.
Nesse sentido, Edy Cuéllar, presidente da Câmara de Comércio de Cusco (CCC), disse ao El Comercio que as perdas ascenderiam a 100 milhões de soles devido à paralisação de dois dias das atividades como forma de protesto contra o aumento de alimentos, combustíveis e fertilizantes.
Da mesma forma, um relatório do Centro de Estudos Empresariais do CCC especificou que cerca de 400 turistas cancelaram suas viagens ao umbigo do mundo devido ao anúncio da greve, o que significaria uma perda de mais de 2 milhões de soles.
A mídia mencionada também apontou que a Câmara Hoteleira de Cusco foi prejudicada por cancelamentos e alterações de reserva, com uma perda superior a 5 mil soles por dia.
Esses dados foram publicados ontem e estão relacionados ao que foi afirmado hoje pela Câmara de Comércio de Lima (CCL) sobre os efeitos negativos dessa paralisia na economia regional.
De acordo com o CCL, uma paralisação total em Cusco equivale a 69,3 milhões de soles por dia, o equivalente a 18,4 milhões de dólares, de acordo com a taxa de câmbio atual. Além disso, a instituição indicou que os setores mais afetados são Mineração e Petróleo, já que em um único dia registraram 16 milhões de soles, ou US$4,2 milhões.
Quanto ao setor de turismo, a Câmara Nacional de Turismo (Canatur) informou que a região de Cusco perde milhões de soles por dia devido a manifestações que paralisaram as viagens na cidade imperial.
“Estamos falando de um impacto hoje de nada menos que US $2,6 milhões e podemos continuar a somar cada dia de danos na região de Cusco”, disse o chefe da Canatur, Carlos Canales, que disse que para cada dia extra de bloqueios haverá 4 mil visitantes a menos.
Deve-se notar que muitas delegações de visitantes nacionais e estrangeiros tiveram que fazer caminhadas de vários quilômetros e algumas foram vítimas de abuso verbal, o que poderia prejudicar a imagem de Cusco e afastar o turismo, o principal fator no desenvolvimento desta região.
O gerente regional de Comércio Exterior e Turismo (Gercetur), Rolando Mendoza Escalante, considerou que as perdas econômicas têm impacto, muito mais em uma situação marcada pela covid-19 e pela crise política que ainda não foi superada.
“A paz social é essencial para o turismo funcionar, pois manifestações constantes criam inconvenientes. Vamos lembrar que nesses dois anos o setor de turismo foi o mais atingido”, disse Mendoza.
Dada a abordagem da alta temporada do turismo, os vários atores do setor aguardam a formação de tabelas técnicas para aumentar a capacidade dos turistas na cidadela inca de Machu Picchu, “uma iniciativa que deve levar ao turismo sustentável com respeito ao patrimônio”.
Não só os operadores do turismo foram afetados. Assim foram cerca de 7.000 carregadores, 5.000 guias turísticos, 1.000 agências de viagens, 1.000 hotéis, transportadoras, motoristas de táxi, artesãos e empresários de atividades associadas que geram empregos e empregos.
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