Cinco fatos interessantes sobre o escritor inca Garcilaso de la Vega

A Fundação BBVA coletou informações sobre o escritor e encontrou detalhes para lembrar em um contexto em que o Dia Internacional do Livro será comemorado no mundo.

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Curiosidades sobre escritores sempre geram intriga entre seus leitores. Depois de uma semana comemorando seu nascimento (12 de abril), é um bom momento para lembrar o escritor inca Garcilaso de la Vega e suas obras icônicas, que fizeram parte da história do testemunho do Vice-Reino do Perú. Ao ponto de fazer parte do triunvirato com Cervantes e Shakespeare.

No entanto, existem aspectos pouco conhecidos do escritor que podem atrair a atenção. Nessa linha, a Fundação BBVA tem 5 coisas interessantes sobre o historiador para conhecê-lo melhor:

1. SEU NOME DE NASCIMENTO É GÓMEZ SUÁREZ DE FIGUEROA

Primeiro, devemos lembrar que sua mãe é peruana, e é por isso que ele foi considerado um filho ilegítimo. A tal ponto que ele teve que lutar muito para ganhar o direito de usar o sobrenome de seu pai, Garcilaso de la Vega. O tempo passou e, como escritor, acrescentou o nome Inca, com o qual assinou a partir de 1563. Como ele fez isso? Bem, ele reuniu suas duas heranças culturais na mesma empresa e orgulhosamente as mostrou a um público que não via os mestiços com bons olhos.

2. ELE ERA UM MILITAR EM SUA JUVENTUDE

Outra curiosidade é que Garcilaso de la Vega viveu no Perú até se mudar para a Espanha, aos 21 anos. Ele era militar e participou de várias campanhas militares até se interessar por religião, história e literatura. Embora tenha pedido a permissão do rei Filipe II para retornar ao Perú e concedido, ele nunca mais voltou para realizar o serviço, porque preferiu continuar sua paixão: escrever.

3. SUA OBRA-PRIMA, COMENTÁRIOS REAIS DOS INCAS

Seu trabalho mais conhecido é o Real Commentarios, dividido em duas partes. O primeiro, História Geral do Perú, foi publicado em Lisboa em 1609 e o segundo, Comentários, foi lançado um ano após sua morte. O primeiro volume, que conta a história pré-hispânica do Perú, foi escrito para “cumprir a obrigação, que era devida ao país e aos parentes maternos”.

A segunda parte é uma defesa de sua linhagem e uma visão histórica do império inca e da conquista espanhola. Isso é visto como uma contradição com o que ele havia escrito no primeiro volume, a ponto de sua veracidade e precisão histórica serem questionadas.

No entanto, o Real Commentaries é considerado, do ponto de vista literário, uma obra-chave da civilização andina e um ponto de partida para a literatura latino-americana.

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4. MORTE EM CÓRDOBA

Garcilaso de la Vega, morreu em Córdoba, Espanha, em 23 de abril de 1616. Ele morreu após uma longa doença e queria ser enterrado na Capela das Almas da Catedral de Córdoba. Como um fato adicional, em seu túmulo você pode ler este epitáfio, que ele mesmo escreveu:

“O Inca Garcilaso de la Vega, homem distinto, digno de memória perpétua, ilustre de sangue, especialista em letras, valente de armas, filho de Garcilaso de la Vega das casas ducais de Feria e Infantado, e Isabel Palla, sobrinha de Huayna Capac, o último imperador das Índias. Ele comentou sobre La Florida, traduziu o hebraico Leão e compôs os Comentários Reais. Ele viveu em Córdoba com muita religião, morreu exemplar; ele dotou esta capela, enterrou-se nela; ele ligou sua propriedade ao sufrágio das almas do purgatório.”

5. DETALHE DO REI JUAN CARLOS PARA GARCILASO DE LA VEGA

Até os reis sabem que Garcilaso de la Vega deixou uma marca séculos depois. Um exemplo foi em 25 de novembro de 1978, quando o rei Juan Carlos viajou para o Perú. Lá ele depositou na Catedral de Cuzco um baú com parte das cinzas do Inca Garcilaso de la Vega como gesto e símbolo da união entre as duas culturas:

“Ao dar-lhe hoje essas cinzas do Inca Garcilaso de la Vega, como rei da Espanha e em nome da minha terra natal, quero mostrar que nossa solidariedade mestiça e o compromisso que ela representa. Mais do que uma dimensão biológica, é também, e acima de tudo, uma validade cultural. Garcilaso, um verdadeiro símbolo dessa evidência, permanece, tanto na América quanto na Espanha, como um testemunho exemplar”.

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