As consequências que ainda afetam o DANE após o ataque em seu site

As investigações das autoridades para esclarecer o ocorrido ainda estão em andamento, a entidade não descarta que o evento tenha sido planejado dentro das mesmas instalações.

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El director del Departamento Administrativo Nacional de Estadística (Dane), Juan Daniel Oviedo, en una fotografía de archivo. EFE/Mauricio Dueñas Castañeda
El director del Departamento Administrativo Nacional de Estadística (Dane), Juan Daniel Oviedo, en una fotografía de archivo. EFE/Mauricio Dueñas Castañeda

O Departamento Administrativo Nacional de Estatística, DANE, relatou “dificuldades técnicas” em seu site em 10 de novembro de 2021. A entidade perdeu o acesso ao site, juntamente com todas as informações nele contidas, dados que são de colombianos e contêm detalhes e números importantes para o país.

Naquela época, o diretor da DANE, Juan Daniel Oviedo, declarou: “Até o momento, não temos evidências de que a confidencialidade de todas as informações que residem no DANE tenha sido violada. O que está acontecendo no momento é que, diante da incerteza gerada por esses incidentes cibernéticos, estamos completamente isolados do ponto de vista das comunicações externas e internas dos funcionários do DANE, a fim de evitar qualquer tipo de janela de oportunidade para incidentes complementares ou brechas que queremos evitar”, mas, algum tempo depois, detalhes do 'hack' sofrido na página estão sendo divulgados.

Posteriormente, o mesmo funcionário explicou que o invasor conseguiu acessar o sistema de informações DANE e começou a “derrubar” os servidores, para ter controle como administrador da página. Na verdade, ele afirmou que excluiu alguns bancos de dados, mas que tinha o apoio dessas informações.

O colombiano revelou detalhes do que a entidade experimentou durante os 10 dias do ataque. De acordo com o relatório, os hackers estavam pedindo $25.000 para liberar os dados represados; aproximadamente 230 teras de informações foram retidas, o que em certos momentos não se sabia se os bancos de dados haviam sido perdidos ou não.

Isso foi revelado pelo Noticias Uno, que também informou que, no momento do ataque, o DANE não tinha um chefe de segurança de computadores. Felizmente, as bases da folha de pagamento dos funcionários não foram perdidas, pois sem elas os respectivos salários não poderiam ser pagos. Mas, acrescenta a mídia, que os números históricos foram perdidos, o que não teria nenhum tipo de apoio.

O problema da perda de informações, além dos dados gerais coletados pelo departamento, são aqueles que são considerados pessoais, nomes, carteiras de identidade, números de telefone, números financeiros do mesmo e assim por diante, que são fornecidos à entidade sob reserva e que não podem ser publicados.

Essas informações, na verdade, não se sabe se foram roubadas ou não, já que os hackers poderiam ter feito uma cópia, que pode ser distribuída sem controle ou lei. O curioso sobre o fato é que outras instituições também foram infiltradas, assim denunciou o ex-presidente Andrés Pastrana, que disse ter informações sobre hackeado nas páginas do Instituto Nacional de Vigilância de Drogas e Alimentos, Invima e o próprio Registro.

Precisamente, o registrador nacional Alexander Vega já havia falado antes das eleições de 13 de março; inicialmente foi atribuído a esse tipo de ataque, razão pela qual, naquele dia, a página da entidade caiu.

Voltando ao caso do DANE, equipes do Corpo Técnico de Investigação e promotores especializados continuam buscando pistas sobre o ocorrido, que até o momento não tem nome ou indicação de quem ou quem pode ter sido o responsável. Apesar de já terem passado 5 meses, alguns serviços da DANE ainda não foram recuperados, então o departamento estaria trabalhando e contratando empresas para ajudar a resolver as falhas.

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