Agência Nacional de Contratos Públicos aprova alteração à lei sobre garantias

O Tribunal Constitucional está estudando o processo contra a mudança que deu ao presidente Iván Duque e seu governo o poder de concluir acordos, apesar do fato de a Colômbia estar no meio da temporada eleitoral.

Foto de archivo. Fachada del Palacio de Justicia, en donde funciona la Corte Constitucional de Colombia, en Bogotá, Colombia, 10 de julio, 2020. REUTERS/Julia González

O Tribunal Constitucional está a ponderar o pedido contra a alteração da lei sobre garantias, que foi realizada por meio da lei orçamentária, aprovada pelo Congresso da República.

O tribunal superior, durante o estudo do processo, tem a opção de receber conceitos de diferentes organizações para poder tomar uma decisão melhor.

O último conceito recebido pelo tribunal superior foi o da Agência Nacional de Compras Públicas - Compra Eficiente da Colômbia - na qual a entidade endossou as mudanças.

Segundo o órgão, a emenda “permitiu que as autoridades territoriais assinassem acordos interadministrativos com a nação, para a execução de projetos associados à Lei Orçamentária de 2022, só poderiam ser concluídos, diretamente, até 29 de janeiro de 2022, data a partir da qual a restrição da lei sobre garantias”.

A Agência Nacional de Contratação Pública indicou ao Tribunal Constitucional que, “uma vez que o período pré-eleitoral para a eleição de Presidente e Vice-Presidente começou a aplicar ambas as restrições (...) dentro de quatro (4) meses antes das eleições de presidente e vice-presidente da república, não será possível concluir acordos e contratos interadministrativos por meio de contratação direta, e só poderão ser assinados através de mecanismos de seleção que impliquem uma chamada pública”.

O órgão dirigente na área de contratos públicos para a Colômbia enviou o conceito apesar das múltiplas críticas que lhe foram feitas à alteração da lei sobre garantias de diferentes setores políticos.

A campanha de Sergio Fajardo denunciou recentemente a falta de garantias para as eleições de 29 de maio, uma vez que garante que, durante a temporada eleitoral da Colômbia, o presidente Duque conclua acordos interadministrativos.

O ex-ministro Guillermo Rivera, representando a campanha de Fajardo, disse que não há garantias para as eleições presidenciais.

Por enquanto, o Tribunal Constitucional espera realizar o debate interno sobre as emendas à lei, uma vez que a Procuradoria Geral da República ainda não enviou o conceito para que a juíza Diana Fajardo, relatora do caso, prossiga com seu estudo.

Por sua vez, a Procuradora-Geral da Nação, Margarita Cabello Blanco, garantiu que ainda está dentro dos termos da lei entregar o documento ao tribunal superior.

Recorde-se que, em 12 de novembro, o presidente Iván Duque aprovou a Lei do Orçamento Geral da Nação 2022, à qual, durante seu tempo no Congresso, foram adicionadas as emendas questionadas à lei de garantias, deixando esse mecanismo praticamente inoperante para o legislativo de 2022 e eleições presidenciais.

“Sancionamos a Lei do Orçamento Geral da Nação 2022 que prioriza a alocação de recursos em assistência social para a população vulnerável, apoio ao crescimento econômico e geração de emprego, e tem um valor de investimento histórico que chega a US $69,6 bilhões”, disse o chefe de estado ao compartilhar o documento com sua assinatura

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