70 turistas foram evacuados devido a confrontos na Sierra Nevada de Santa Marta

Devido a uma operação da Polícia e do Exército Nacional contra as Forças de Autodefesa Conquistadora da Serra (ACSN) em um setor conhecido como 'Machete Pelao'

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Os confrontos na Sierra Nevada de Santa Marta continuam, o último relatório apresentou mais de 70 turistas que estavam indo para a Cidade Perdida tiveram que ser evacuados, devido a uma operação policial e do Exército Nacional contra as Forças de Autodefesa Conquistadora da Serra (ACSN) em 'Machete Pelao diz.

Em diálogos com a W Radio, o líder social e defensor dos direitos humanos, Leber Dimas, relatou que, “na encosta nordeste, que enfrenta Ciudad Perdida, houve um confronto entre as Forças de Autodefesa conquistadoras da Serra e as Forças Públicas, como resultado do qual há um ferido oficial e aparentemente uma pessoa morta, fala-se que pode ser o comandante dos grupos conquistadores de autodefesa da Serra, mas essa informação não é confirmada.”

Infobae

Da mesma forma, Dimas confirmou o deslocamento de 570 pessoas devido aos confrontos entre 'Los Pachencas' e 'El Clan del Golfo' na zona rural de Ciénaga.

Além disso, Leber assegurou que, desde 2008, foi feito um relatório de caracterização que mostrou que o 'Clã do Golfo' já estava presente em 16 dos 30 municípios, incluindo Santa Marta, fato que também se refletiu em áreas do departamento.

Na zona rural do município de Ciénaga (Magdalena), há avisos sobre os combates que se autodenominam Forças de Autodefesa Gaitanistas da Colômbia, mais conhecidas como Clã do Golfo, e as Forças de Autodefesa Conquistadoras da Serra ou Los Pachenca, que têm lutado sobre o território desde o início da Semana Santa para continuar a cometer crimes com o tráfico de drogas.

A aldeia de La Secreta é a mais afetada, relataram no jornal El Heraldo, de Barranquilla, onde as hostilidades entre os dois grupos do narcotráfico se intensificaram, como resultado do qual várias famílias abandonaram suas casas e se mudaram para as áreas urbanas da cidade, e o município vizinho de Zona Bananera, bem como as cidades de Santa Marta e Barranquilla.

Enquanto isso, na estação de rádio Caracol, consultaram o antropólogo Lerber Dimas, analista do conflito naquela região do país, que explicou que os afetados não se reconhecem como deslocados, pois deixaram suas casas voluntariamente para evitar qualquer incidente no em meio aos confrontos entre as estruturas criminosas.

“Eles não relataram, nem vão. Eles não entendem que isso é deslocamento forçado. Para eles é grave, mas não implica que seja deslocamento porque ninguém lhes disse: -deixar esta área-, mas eles saíram por vontade própria porque viram risco e isso é deslocamento e mesmo que interpretem de forma diferente, o crime está acontecendo”, explicou na Rádio Caracol.

Ele acrescentou que esses dois grupos, que emergiram do extinto Auc, estão se reagrupando, o que levou à onda de violência naquela área do Caribe colombiano. “Ninguém está dizendo para eles saírem, mas não há garantias de segurança ou paz de espírito”, disse.

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