A Provedoria de Justiça solicitou às autoridades locais e nacionais atenção emergencial às cerca de 300 pessoas deslocadas no município de Ciénaga, Magdalena, devido aos confrontos entre grupos armados ilegais ocorridos desde a última sexta-feira, 15 de abril.
Enquanto a celebração da Semana Santa acontecia no território nacional, os habitantes do distrito da Sibéria; a aldeia de La Secreta; e os setores de El Centro, El Guacamayo, San Martín, La Aguja e Quebrada de los Perros, no meio da Serra Nevada de Santa Marta, abandonaram sua casas, pertences e animais, devido aos combates entre o Clã do Golfo e Los Pachenca, grupos armados residuais dos paramilitares.
“Desde que tomamos consciência do fato, entramos em contato com as comunidades para verificar e promover os cuidados que elas deveriam receber. São pessoas com muitas necessidades que tiveram que sair de casa e que precisam de abrigo, comida e, claro, segurança”, disse o Ouvidor Carlos Camargo.
O funcionário também solicitou a convocação de um Comitê Territorial de Justiça Extraordinária de Transição para avaliar a situação de segurança nesta região, que foi severamente afetada pelos vários grupos armados e atualmente é palco de disputa entre grupos paramilitares residuais que buscam o controle de aluguéis ilegais e o corredor estratégico.
Da mesma forma, o Provedor de Justiça assegurou que, através deste comitê, um diagnóstico do confinamento dos habitantes e a possibilidade de realizar uma missão humanitária à comunidade afetada, a fim de prestar os cuidados necessários e fazer uma presença institucional, tarefa que foi exigida pelo habitantes da Serra por décadas.
“Desde 2019, o Gabinete do Provedor de Justiça emitiu o Aviso Antecipado 044, no qual foi avisado que tal evento poderia acontecer”, disse a entidade que afirmou no alerta que “o contexto de ameaça é determinado pelas ações de grupos armados ilegais como o AGC e estruturas armadas ilegais como o Escritório do Caribe e Los Pachenca, Espanha. Existem várias formas de relacionamento entre esses e, portanto, também cenários de disputa”.
O alerta alertou que a população afetada incluía: Adolescentes; Afrodescendentes; Autoridades governamentais étnicas; Camponeses; Comerciantes; Defensores de Direitos Humanos, Líderes Sociais; Professores; Povos Indígenas; Jovens; Mulheres; Meninos e Meninas; Pessoas com Orientação Sexual e Identidade de Gênero Diversos; Jornalistas ; População migrante; Servidores públicos; Transportadores; Vítimas do conflito armado; Membros de Conselhos de Ação Comunitária; População socialmente estigmatizada.
O prefeito de Ciénaga, Luis Alberto Tete Samper, explicou à W Radio que eles se comunicaram com a brigada e com o próprio Comandante Zapateiro, que recebeu a comunicação, mas não relatou nenhuma ação.
De acordo com Tete Samper, há uma preocupação crescente com a possibilidade de que esse conflito se aglutine e gere problemas maiores. Diante disso, ele disse: “A responsabilidade nesta área é responsabilidade total do Exército Nacional, aqui temos um batalhão de alta montanha; essa é a preocupação e o desconhecido que todos estamos fazendo, porque já temos que anunciamos ao comandante do batalhão de alta montanha, mesmo O general Zapateiro o fez ver aquela situação, tudo quando esses grupos armados estavam entrando, o comandante da Brigada também foi informado.”
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