Os militares dos EUA esperam começar a treinar ucranianos no uso de artilharia de obus nos próximos dias, disse um alto funcionário da Defesa dos EUA na segunda-feira.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou ajuda militar adicional de US $800 milhões à Ucrânia, incluindo artilharia pesada antes do ataque russo mais amplo esperado no leste da Ucrânia.
Até agora, os Estados Unidos enviaram quatro voos com armas como parte do novo pacote.
O funcionário, que falou sob condição de anonimato, disse que o treinamento com obuses ocorrerá fora da Ucrânia.
Os Estados Unidos planejam ensinar instrutores ucranianos a usar alguns dos novos lotes de armas, como obuses e radares, e depois fazer com que instrutores ensinem seus colegas dentro da Ucrânia. Washington já treinou forças ucranianas no uso de drones Switchblade.
“A artilharia é um item específico que os ucranianos pediram por causa dos combates que esperam que ocorram no Donbass”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, à imprensa na segunda-feira. “A terra se presta ao uso de artilharia, a incêndios de longo alcance, como a chamamos. E sabemos que os russos também acreditam na mesma coisa, porque estamos vendo que eles também movem unidades de artilharia para o Donbass. Por isso, queremos dar aos ucranianos toda a vantagem que pudermos”, explicou.
O Pentágono espera que os instrutores ucranianos aprendam rapidamente a usar peças de artilharia americana, disse Kirby.
“Os ucranianos costumam usar 152 mm. É um calibre diferente, mas isso não significa que vai ser muito trabalhoso para atualizá-los sobre isso. E acho, novamente, que poderemos fazer esse treinamento, pelo menos no primeiro turno, nos próximos dias”, disse.
A Ucrânia disse que um ataque com mísseis russos matou sete pessoas em Lviv na segunda-feira, as primeiras vítimas civis na cidade ocidental, e o comandante das forças ucranianas que resistem no porto devastado de Mariupol, no sudeste do país, pediu ajuda ao Papa Francisco.
O funcionário da Defesa dos EUA afirmou que parece que a Rússia está mirando alvos militares em Lviv e na capital, Kiev, no norte. Mariupol também ainda está em disputa e Moscou parece ter enviado reforços à Ucrânia nos últimos dias, acrescentou.
“Nossa avaliação é que Mariupol ainda está em disputa (...) Continua a ser ameaçada pelo ar, tanto por ataques com mísseis quanto por bombas aéreas, e até, é claro, pela artilharia”, disse o funcionário.
(Com informações da Reuters)
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