O bilionário russo Oleg Tinkov atacou na terça-feira a guerra “absurda” da Rússia na Ucrânia e pediu aos países ocidentais que ajudem a acabar com o “massacre”.
“Os empreendedores tentam salvar o que sobrou de seus ativos... Claro, existem subnormais que desenham o símbolo Z da operação militar especial - mas subnormais existem 10% em cada país. 90% dos russos são CONTRA essa guerra”, disse Tinkov, 54 anos, no Instagram, ressaltando que vê “NENHUM benefício dessa guerra absurda” em que “pessoas inocentes (civis) e soldados morrem”.
Ele também ironizou com o estado do Exército Russo durante a atual “operação militar especial”, assegurando que “acordando de ressaca, os generais perceberam que têm um exército ruim”, acrescentando: “E como o exército pode ser bom, se tudo o mais no país é uma porcaria imerso em nepotismo e servilismo?”.
Esta é uma das críticas mais fortes emitidas por um empresário russo à ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro. Outros oligarcas russos criticaram a intervenção russa na Ucrânia, mas poucos foram tão duros quanto Tinkov, com exceção de Mikhail Khodorkovsky, que cumpriu dez anos de prisão por confrontar o chefe do Kremlin e agora residir na Europa.
Segundo o magnata, que deixou o cargo de presidente geral do banco Tinkoff em 2020, os funcionários do Kremlin estão “em choque” porque eles e seus filhos não podem mais sair de férias para o Mediterrâneo, devido às sanções ocidentais impostas à Rússia devido ao conflito na Ucrânia.
O próprio Tinkov está sujeito a sanções adotadas pelo governo britânico.
Por todas estas razões, Tinkov apelou ao Ocidente em inglês para “dar ao senhor Putin uma saída clara para salvar seu rosto e parar este massacre”.
“Por favor, seja mais racional e humanitário”, insistiu o fundador do Tinkoff Bank, o segundo maior emissor de cartão de crédito da Rússia.
Por sua vez, o Tinkoff Bank divulgou um comunicado afirmando que não quer comentar a “opinião pessoal” de Tinkov e lembra que o bilionário não toma mais decisões sobre as operações das empresas da marca Tinkoff.
“Ele não é funcionário da Tinkoff, não está na Rússia há muito tempo e lida com seus problemas de saúde nos últimos anos”, diz o comunicado.
(Com informações da AFP e da EFE)
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