Mulher que havia pedido eutanásia em Soledad, Atlántico, depois de participar de um retiro espiritual disse que os anjos a convenceram a não fazê-lo

Fabiola Betancourt, de 70 anos, sofre de seis doenças crônicas e incuráveis que a levaram há alguns dias a pedir que sua empresa promotora da saúde acabasse com sua vida

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Fabiola Betancourt é uma mulher de 70 anos, que vive no município de Soledad, no departamento costeiro de Atlántico, mas nasceu em Medellín. Por alguns meses ele havia afirmado que, por causa de suas seis doenças, que lhe causam dores constantes e o impedem de andar, ele queria que sua empresa promotora da saúde tomasse providências para se submeter à eutanásia.

Mas agora, depois da Páscoa, um vídeo se tornou viral no qual ele expressa seu desejo de viver, apesar de suas doenças crônicas e incuráveis. A mulher disse que, durante um retiro, conheceu anjos que a convenceram a continuar vivendo, fazendo com que ela desistisse de sua decisão.

“Conheci alguns anjos e esses anjos me levaram para uma fazenda onde conheci Deus e Maria, porque nasci em uma família católica, mas não pratico religião há muitos anos, já quero viver”, disse Betancourt.

A mulher na gravação relatou que recebeu ligações de diferentes membros de várias igrejas, que indicaram que oraram por eles e por sua saúde, além de ajudá-la a conseguir um andador, para que ela possa se mover com mais facilidade.

Segundo ele, Betancourt sofre de insuficiência cardíaca, renal, venosa, deficiência vascular, osteoartrite e diabetes. Mais cedo, quando anunciou sua situação, ela disse ao jornal El Heraldo que, com o tempo, as doenças que a afligem degeneraram seu corpo, o que a fez sofrer fortes dores todos os dias. Porque ela mora sozinha em um quarto para alugar no bairro de El Sol, e porque ela não tem familiares próximos que possam ajudá-la a gerenciar sua condição, ela pediu à EPS Mutualser que a sacrificasse.

E ele disse à mídia que: “Eu não tenho filhos, tenho duas irmãs que moram em uma aldeia. É por isso que vou buscar a eutanásia legalmente. Eu vou continuar descobrindo, se eu não conseguir, eu mesmo vou usá-lo.”

Sabia-se que Betancourt mora sozinha em um quarto no bairro de Villa Sol e não tem recursos para sobreviver, pois recebe apenas 80.000 pesos por mês de seu plano de saúde.

“Toda vez que vou a consultas médicas, peço aos profissionais de saúde que me orientem para fazer essa solicitação, mas ninguém me dá as informações correspondentes para realizar a eutanásia que já é legal em nosso país”, disse à Rádio RCN na época.

A pedido da paciente, seu EPS Mutualser fez uma visita para lhe fornecer suporte abrangente, com apoio psicológico e processos médicos. A entidade de saúde havia dito que apoiaria a decisão de Betancourt, embora lhe dêem outras opções de cuidados paliativos para melhorar sua qualidade de vida.

Na Colômbia desde 2015, a eutanásia é legal. Mas, deve-se notar que até julho de 2021, o Tribunal Constitucional estendeu o direito à morte digna a pacientes não terminais que sofreram intenso sofrimento físico ou mental por lesões corporais ou doenças graves e incuráveis.

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