Juiz colombiano questionará 'El Pollo' Carvajal sobre suposto financiamento para Gustavo Petro

Foi o mesmo candidato à presidência que pediu ao Supremo Tribunal da Colômbia que o investigasse sobre as acusações que foram feitas no meio da campanha eleitoral.

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El exgeneral venezolano Hugo Armando Carvajal, que fue jefe de la contrainteligencia con Hugo Chávez y también con Nicolás Maduro, a su salida de la prisión de Estremera (Madrid), en una foto de archivo. EFE/ Víctor Lerena
El exgeneral venezolano Hugo Armando Carvajal, que fue jefe de la contrainteligencia con Hugo Chávez y también con Nicolás Maduro, a su salida de la prisión de Estremera (Madrid), en una foto de archivo. EFE/ Víctor Lerena

A juíza Cristina Lombana Velásquez foi autorizada pelo Supremo Tribunal Nacional a conduzir o processo de interrogatório do ex-chefe da Inteligência venezuelana, Hugo El Pollo Carvajal, que está detido provisoriamente em Espanha. De acordo com o que o OKDIARIO revelou, a juíza será responsável por investigar as acusações que apontam para suposto financiamento de sua parte para a campanha presidencial de Gustavo Petro. A reunião foi marcada para a próxima quinta-feira, 21 de abril, na presença do promotor e do advogado advogado do político colombiano.

Foi em março passado quando foi noticiado que o Supremo Tribunal de Justiça o havia convocado para ampliar as declarações que havia feito em outubro de 2021. Naqueles dias, ele disse: “Enquanto eu era diretor de Inteligência Militar e Contrainteligência da Venezuela, recebi um grande número de relatórios indicando que esse financiamento internacional estava ocorrendo. Exemplos concretos são: Néstor Kirchner na Argentina; Evo Morales na Bolívia; Lula Da Silva no Brasil; Fernando Lugo no Paraguai; Ollanta Humala no Perú; Zelaya em Honduras: Gustavo Petro na Colômbia, Movimento Cinco Estrelas na Itália e Podemos na Espanha. Tudo isso foi relatado como recebedor de dinheiro enviado pelo governo venezuelano”.

Foi o próprio Petro quem pediu ao Supremo Tribunal da Colômbia que o investigasse por aquelas “acusações embaraçosas que foram feitas no meio da campanha eleitoral. “Solicito perante o honorável Supremo Tribunal de Justiça que permita a abertura de investigação prévia contra mim, em relação às alegadas declarações escritas proferidas pelo ex-general venezuelano Hugo “El Pollo” Carvajal, ao juiz do Supremo Tribunal Nacional espanhol Manuel García-Castellón, em que Carvajal afirma que o governo da Venezuela financiou minhas campanhas políticas”, disse Petro.

Em resposta ao pedido do senador, a Suprema Corte colombiana anunciou que ouvirá as polêmicas declarações do oficial militar chavista contra o candidato presidencial: Consequentemente, para atender aos propósitos previstos no artigo 322 da Lei 600 de 2000, é ordenado a: Ouça HUGO no comunicado ARMANDO CARVAJAL BARRIOS, conhecido como “EL POLLO, próximo dia 21 (21) de abril de 2022, a partir das 15h, horário local e 9h, horário da Colômbia, no Centro Penitenciário de Madri VII Estremera-Cira M-241, km 5, 750 Estremera, Madri”, lê-se no documento do Supremo Tribunal Federal.

Gustavo Petro, naquela época, não apenas distorceu as acusações contra ele, mas também reiterou que não tem relação com nenhum personagem venezuelano. “E eles nunca se cansam de tentar de novo e de novo. Aqueles que esperam que o financiamento de governos estrangeiros apareça para minhas campanhas em algum momento da minha vida política ficarão esperando. Não conheço Saab ou General Hugo Carvajal. Estou preparando uma intervenção legal para enfrentar o general e suposto narcotraficante Hugo Carvajal, seja na Espanha ou nos Estados Unidos. O candidato presidencial disse em um trinado, em outubro do ano anterior.

El Pollo Carvajal, detido na Espanha, mantém processos administrativos e judiciais abertos. “E eles nunca se cansam de tentar de novo e de novo. Aqueles que esperam que o financiamento de governos estrangeiros apareça para minhas campanhas em algum momento da minha vida política ficarão esperando. Não conheço Saab ou o general Hugo Carvajal”, escreveu o senador em sua conta no Twitter, defendendo-se das acusações. “Estou preparando uma intervenção legal para enfrentar o general e suposto narcotraficante Hugo Carvajal, seja na Espanha ou nos Estados Unidos”, acrescentou em sua reação às alegações.

De acordo com a Lei 1475 de 2011, uma das fontes de financiamento proibidas na Colômbia para partidos políticos são “aquelas que vêm, direta ou indiretamente, de governos estrangeiros ou pessoas físicas ou jurídicas, exceto aquelas realizadas como cooperação técnica para o desenvolvimento de atividades que não sejam campanhas eleitoral”.

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