Gilinski propõe a venda dos 9,83% que o Grupo Argos tem na Nutresa

O empresário argumentou que a empresa obteria receitas de 2,13 bilhões de pesos que fortaleceriam a Argos e seus acionistas.

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O conselho de administração do Grupo Argos realizou uma reunião extraordinária na manhã de terça-feira. Durante a reunião, o empresário Jaime Gilinski pediu aos acionistas que considerassem a possibilidade de vender sua participação no Grupo Nutresa, o que corresponde a 9,83%. Para o renomado banqueiro, a empresa obteria receitas de 2,13 bilhões de pesos que seriam benéficas tanto para o banco quanto para seus membros.

“Com esses recursos, o Grupo Argos se fortaleceria e daria um sinal claro ao mercado, que sua estratégia é fortalecer seus principais negócios e aumentar o valor das ações e dividendos para todos os acionistas”, disse Gilinski na reunião, da qual participou pela primeira vez.

Durante a reunião, a Assembleia Geral autorizou Ana Cristina Arango e Claudia Betancourt a participarem de decisões sobre ofertas públicas de aquisição (OPA) de ações ordinárias do Grupo Sura e do Grupo Nutresa. Embora tenha sido determinado que Gonzalo Alberto Pérez, presidente do Grupo Sura e Carlos Ignacio Gallego, presidente do Grupo Nutresa, não poderão realizar a mesma tarefa, apesar de serem membros do conselho de administração do Grupo Argos.

No que diz respeito à terceira oferta pública de aquisição atualmente enfrentada pelo Antioquia Business Group (GEA), a reunião determinou que o conselho de administração da Argos realizará uma análise abrangente das ofertas com o apoio de consultores nacionais e internacionais.

Gilinski estendeu o prazo para a compra de ações da Nutresa

O grupo Gilinski, por meio da empresa Nugil, lançou no final de fevereiro a terceira OPA da Nutresa, na qual os conglomerados buscam adquirir entre 9,6% e 12% das ações. Nesta terça-feira ele anunciou a prorrogação do prazo para a OPA pela empresa, sendo esta a única oportunidade de modificar o processo atual.

De acordo com a Bolsa de Valores da Colômbia, citada pelo jornal El Colombiano, houve 122 aceitações até o momento, representando 311.105 ações correspondentes a 0,07% dos títulos em circulação da empresa de alimentos.

Deve-se lembrar que os Gilinskis e Nugil possuem 30,8% das ações da Nutresa, mas aspiram a ser cerca de 40% do conglomerado de alimentos, então terão que comprar em sua nova oferta um total de entre 43,9 milhões e 54,9 milhões de ações.

Para o efeito e tendo em conta o adiantamento das aceitações, decidiu prorrogar o prazo para a oferta pública de aquisição. Inicialmente, ele havia sido aumentado de 6 para 25 de abril, mas usando a única modificação possível, estendeu o período de compra até 16 de maio.

Gilinski também fez um alerta na reunião realizada esta manhã. “Lembro que não se pode atuar como um grupo e esta oferta deve ser analisada apenas, e repito apenas, em benefício dos acionistas do Grupo Argos, incluindo todas as minorias, todos os que estão aqui presentes e os fundos de pensões”, comentou o empresário.

É importante lembrar que nesta terceira oferta pública de aquisição, o valor pago por cada ação é de US$12,58, equivalente a 47.015 pesos colombianos, dependendo da decisão do acionista que decide vender. O jornal La República informou que esse valor representa 20% a mais do que o oferecido na segunda OPA e 63,1% em relação à primeira.

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