Estatuto da oposição permitiria que a ratificação do acordo de Escazú fosse debatida novamente: “É um compromisso do presidente Duque”

Senadores da Aliança Verde, do MAIS e do Polo Democrático conseguiram a votação novamente na próxima semana e debatem a implementação da iniciativa pró-ambiental

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Vista general del Congreso de
Vista general del Congreso de Bogotá. EFE/Leonardo Muñoz/Archivo

O Acordo de Escazú poderia ser revivido no Congresso colombiano, depois que políticos da oposição apresentaram um documento perante o Segundo Comitê do Senado da República será ratificado novamente. O pedido foi feito na manhã desta terça-feira, 19 de abril, a pedido dos senadores Iván Cepeda, Antonio Sanguino e Feliciano Valencia.

Será na próxima terça-feira, 26 de abril, data em que o pedido dos congressistas de esquerda e centro será debatido e votado, o que permitiria que o acordo que favorece o meio ambiente e que tem a vinda de outras nações do continente, fosse implementado no país.

Foi através do Estatuto da Oposição que a iniciativa foi avançada e foi lembrado que o presidente Iván Duque disse em várias ocasiões que trabalhará para ratificar o que foi acordado em favor dos direitos dos defensores dos direitos humanos em questões ambientais.

“A oposição tem insistido nesta comissão na necessidade de dar um procedimento urgente para a ratificação do Acordo de Escazú. Gostaria de recordar que foi um compromisso assumido pelo Presidente da República nos palcos internacionais e, em particular, antes da assembleia da ONU. Estamos, é claro, diante da possibilidade de que essa ratificação volte a ser frustrada”, disse o senador eleito pelo Pacto Histórico, Iván Cepeda.

Além disso, o senador garantiu que eles tiveram que usar essa ferramenta, criada em 2018, devido a “atrasos” de diferentes setores para a ratificação do que foi afirmado lá. Aliás, Cepeda lembrou que na última legislatura impediram “o andamento do procedimento de aprovação ou de improbação, como é o caso atualmente”.

Os parlamentares citados enviaram o documento à senadora do Centro Democrático, Paola Holguín, presidente da Segunda Comissão. Ela foi convidada a aprovar o Projeto de Lei nº 251 de 2021 “o “Acordo Regional sobre Acesso à Informação, Participação Pública e Acesso à Justiça em Assuntos Ambientais na América Latina e no Caribe”, adotado em Escazú, Costa Rica, em 4 de março de 2018″, observa um comunicado de imprensa enviado pela campanha por Ivan Cepeda.

Na sequência do pedido, foi aprovado que a outra terça-feira deveria ser levada em consideração na agenda. Antonio Sanguino e Feliciano Valencia, por sua vez, saudaram o fato de que o Estatuto da Oposição lhes deu a oportunidade de discutir o assunto na sessão da próxima semana.

A apresentação dos citados senadores é conhecida após a Coordenadora de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), por meio do Programa de Defesa dos Defensores Indígenas (PDDD), exigir que os países filiados ao acordo implementem mecanismos que garantam a participação efetiva dos povos indígenas no processo de negociação na primeira reunião do Conferência das Partes (COP1) do Acordo Regional sobre Acesso à Informação, Participação Pública e Acesso à Justiça em Assuntos Ambientais na América Latina e no Caribe “Acordo Escazú”.

Este ano, o evento será realizado em Santiago, Chile, de 20 a 22 de abril e realizará reuniões bilaterais, painéis, mesas de trabalho e conferências. Nesta ocasião, representantes e líderes de 24 países que assinaram o acordo América Latina e Caribe participarão.

Quanto à representação das comunidades indígenas da Amazônia colombiana, como parte de uma estratégia dessas populações, a Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia da Colômbia (OPIACO), faz parte das organizações de mais de 511 povos indígenas amazônicos, a COICA.

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