Eles pedem velocidade na revolta dos corpos após o massacre em Tame, Arauca

As Forças Militares garantiram que, devido às condições climáticas, funcionários do Ministério Público não conseguiram entrar no local do ataque

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En muchos pueblos de Arauca,
En muchos pueblos de Arauca, las pintadas de la guerrilla del ELN se intercalan en la fachada con las de las FARC, en una exhibición histórica de las insurgencias para dejar claro que aún están ahí, que nunca se han marchado. Fotografía de archivo. EFE/Ernesto Guzmán Jr.

No departamento de Arauca, o aumento da violência chocou a população. Em 17 de abril, ocorreu um novo massacre no município rural de Tame e, segundo as autoridades, o incidente deixou quatro pessoas mortas, das quais duas eram menores. Após o ataque, a Associação de Personeros do Departamento solicitou a remoção dos corpos.

A entidade convocou a Procuradoria-Geral da República e as forças públicas a realizar o levantamento dos corpos das vítimas. Diante disso, as Forças Militares garantiram que “infelizmente, as condições climáticas não permitiram que a aeronave entrasse com os funcionários do Ministério Público”.

No entanto, o mesmo Exército Nacional informou que, assim que a situação se tornou conhecida, todos os procedimentos para verificar as informações foram adiantados e as provas necessárias foram coletadas para poder encontrar os culpados do crime em Arauca.

Detalhes sobre o massacre

O Exército informou em um comunicado à imprensa que o ataque é atribuído a dissidentes das FARC. De acordo com informações preliminares, o massacre ocorreu quando as vítimas viajavam em uma van na noite de domingo passado e o veículo foi atacado por homens armados vestindo roupas para uso exclusivo das forças militares.

É importante notar que a mesma comunidade relatou o ocorrido, pois encontrou os corpos e veículos incinerados na estrada. Eles detalharam que todos foram mortos com tiros de graça e mostraram sinais de violência.

As Forças Militares também rejeitaram os atos contra a população civil. “Os (cinco) feridos neste ataque covarde foram levados para o hospital San Antonio de Tame (Arauca), onde atualmente estão a ser tratados por pessoal médico”, lê-se no comunicado da entidade.

Wilder Ortiz, diretor da ESE Moreno y Clavijo, explicou ao Noticias Caracol que eles receberam os cinco pacientes no hospital San Antonio de Tame; no entanto, “um paciente do sexo masculino foi encaminhado para o hospital Sarare (Sarabena), 32 anos devido a ferimentos graves com arma de fogo”.

As autoridades do município realizaram um conselho de segurança após o massacre. “A todas as instituições, a todas as organizações que podem ajudar para que essa situação possa ser superada”, disse o prefeito de Tame, Aníbal Mendoza, ao mesmo meio de comunicação.

O aumento da violência em Arauca

Uma das pessoas que morreram no massacre foi Ángel Julián Estrada; ele tinha 48 anos, trabalhava na pecuária e tinha duas filhas de 17 e 21 anos. A Blu Radio conseguiu entrar em contato com o irmão da vítima, Victor Estrada, que explicou a situação atual no departamento devido à presença de grupos armados ilegais, como as FARC e dissidentes do ELN.

“Enquanto o conflito está acontecendo, você não pode andar à noite a qualquer momento”, disse Victor Estrada, que mora no município de Puerto Rondón. Ele também destacou que seu irmão trabalhou lado a lado com seu pai e, por esse motivo, ele irá para Tame para visitá-lo.

A situação descrita por Estrada anda de mãos dadas com o que foi alertado pela Fundação Joel Sierra de Direitos Humanos em 14 de abril. A entidade lembrou que só neste mês ocorreram sete assassinatos — sem contar os desse massacre — e até agora, em 2022, os confrontos entre as FARC, o ELN e as Forças Armadas aumentaram.

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