O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou ao Panamá na terça-feira para participar de uma reunião continental sobre migração e o cumprimento de uma agenda bilateral que inclui uma reunião com o presidente panamenho Laurentino Cortizo.
Blinken chegou ao aeroporto Panamá Pacifico no meio-dia passado, onde foi recebido pela vice-ministra das Relações Exteriores do Panamá, Marta Gordon; o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, Stewart Tuttle, e o chefe de protocolo, Diomedes Carles.
O Secretário de Estado foi imediatamente ao Palácio Las Garzas, a sede do governo, para se encontrar com o presidente Cortizo, que liderou a recepção do alto funcionário dos EUA.
A viagem de dois dias, a primeira do chefe da diplomacia norte-americana à América Latina este ano, acontece semanas antes do governo do presidente Joe Biden acabar com as restrições à pandemia que permitiam que os migrantes fossem rapidamente expulsos para o México.
Cooperação regional
Blinken também se reunirá com a ministra das Relações Exteriores do Panamá, Erika Mouynes, bem como com outros líderes de todo o hemisfério, que participarão da reunião regional sobre migração e segurança, de acordo com informações oficiais.
A delegação dos EUA liderada por Blinken “aprofundará nossos esforços contínuos para melhorar a cooperação bilateral e regional sobre migração irregular e deslocamento forçado, e lançará as bases para uma Cúpula das Américas bem-sucedida em junho” em junho próximo.
O Secretário de Estado “também falará com líderes da sociedade civil sobre o desafio da corrupção no hemisfério”, informou o Departamento de Estado.
A crescente entrada no Panamá de migrantes irregulares através da perigosa selva de Darién, sua fronteira com a Colômbia, consolida a América Central como a rota de milhares de pessoas de todo o mundo em busca do “sonho americano” nos Estados Unidos.
Neste contexto, uma reunião continental será realizada nesta terça-feira na capital panamenha, com foco na migração irregular, que será concluída na quarta-feira com a participação de representantes de alto nível de cerca de vinte países.
“Por meio desta (reunião) ministerial, nos unimos a nações de todo o hemisfério em apoio à integração sustentável de refugiados e outros migrantes, e em apoio às comunidades que os recebem; maior acesso à proteção internacional para os necessitados; caminhos legais expandidos; e apoio para a gestão humana da migração”, disse o Departamento de Estado.
Aliança com o Panamá
O governo dos EUA declarou em uma declaração pública divulgada na terça-feira no Panamá que este país centro-americano “continua sendo um parceiro altamente valorizado para os Estados Unidos”.
Os EUA, que não têm embaixador no Panamá desde 2018 e delegaram representação diplomática ao Encarregado de Negócios, são o principal parceiro comercial do Panamá e o primeiro usuário do canal interoceânico.
“Nossos governos trabalham juntos para promover objetivos comuns para nossos povos e para a região. Isso inclui colaborar na segurança regional, fortalecer as instituições democráticas e promover o crescimento econômico inclusivo, especialmente na esteira da pandemia.”
Os Estados Unidos são “o maior investidor direto do Panamá. Temos mais de US $13 bilhões em comércio bilateral de bens e serviços, e somos o principal beneficiário do Canal do Panamá, com 72% de todo o trânsito” por essa rota, destacou, entre outros.
Na terça-feira, o ministro de Segurança Pública do Panamá, Juan Pino, e o secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, se reuniram para “compartilhar ideias e ver como melhorar a segurança” nas fronteiras panamenhas, que são atravessadas todos os anos por milhares de migrantes irregulares de todo o mundo que viajam para América do Norte em busca de um futuro melhor.
Mouynes disse em 3 de abril, anunciando a visita de Blinken, que demonstrou o “fortalecimento” da relação bilateral.
(Com informações da EFE)
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